16/05/2015 - POLÍTICA MACROECÔNOMICA EQUIVOCADA




Geralmente, fala-se em política econômica. Porém, há uma divisão em política microeconômica, aquela destinada aos indivíduos, as empresas e ao seu conjunto, bem como política macroeconômica, aquela destinada à nação e as relações internacionais. Portanto, as relações diretivas vêm das políticas macroeconômicas. O que aconteceu no primeiro mandato da presidente Dilma foram várias linhas de política macroeconômica equivocada. Quanto à política microeconômica praticamente nada. Na verdade, a presidente Dilma, que nunca teve uma gestão econômica digna de nota, foi alçada pelo ex-presidente Lula à presidente da República. Devido ao seu temperamento dominador, ela se arvorou a ser ministra da Economia. O primeiro erro se deveu ao maior crescimento da máquina pública, visando partidarizar mais ainda o governo federal. Levou o número de 35 para 39 ministérios, sem dar autonomia aos seus ministros. Como resultado, cresceu gastos mais do que receitas, o que a levou a déficit fiscal em 2014, depois de 18 anos; tornou a máquina pública lenta, pesada, cara e desacreditada pelos empresários. A confiança deles caiu e o investimento também mais o PIB. O segundo erro aconteceu por não realizar com ênfase as parcerias público/privadas na tão débil infraestrutura. Quando o fez, fixou margens de lucro e impôs controle estatal. O terceiro erro chamou a si, veladamente, as decisões do Banco Central quanto à taxa básica de juros, mandando-a baixar cinco pontos em um ano, sem observar os sinais do mercado financeiro. Teve que voltar atrás, elevando-a até hoje, sem que ainda tenha consertado os enganos quanto à direção da inflação em alta. Quarto erro transcorreu quanto à estratégia da área de petróleo. Instituiu uma reserva de 30% de exploração para a Petrobras, sem que a empresa tenha condições de realizá-los, além de introduzir o sistema de partilha, em substituição ao sistema de concessões, este último mais rápido e eficiente. Quinto erro mandou baixar as contas de energia elétrica em 20%, tendo depois de corrigi-las, muito acima do benefício, mediante fortes pressões inflacionárias. Isto ocorreu nos preços públicos, desalinhando-os perante os mercados de produtos. Sexto erro ocorreu pela resistência de apurar logo, tendo até negado, mas hoje reconhecido, que a Petrobras tinha um esquema de mais de R$80 bilhões de contratos superfaturados. Continua dizendo também que não há desvios de recursos no sistema elétrico, na Receita Federal e no BNDES, quando o TCU, a CGU e a Polícia Federal mostram que não. Poder-se-ia continua com um rosário de equívocos, tais como a insuficiência e atrasos do PAC. Mas, o objetivo aqui é de cada vez mais clarear o cenário atual. Resultado: a economia se moveu lentamente, chegando agora à recessão; desalinhou as contas públicas, obtendo severos déficits. Sem opção der continuar gerindo a economia, colocou-a nas mãos de um economista ortodoxo, que quer fazer uma coisa de cada vez, sendo a bola do jogo, o ajuste fiscal. Isto tem levado a economia à recessão, a uma apatia e a um descrédito. Somente crédito em longo prazo. As projeções de mercado de 2015 são de forte recessão, 2016 de estagnação ou de pequeno crescimento, 2017 de pequeno crescimento, 2018 de pequeno crescimento. Fim do segundo mandato. Resultados ainda piores do que os do primeiro mandato. Os informes se encontram na própria pesquisa semanal do Banco Central, denominado de boletim Focus, que ausculta 100 acreditados projetistas econômicos. Em suma, ajuste fiscal é muito pouco, ainda mais que o número de 1,2% do PIB (R$66 bilhões) de superávit é considerado pequeno, perante os encargos da dívida pública que alcançam mais de R$300 bilhões. A rigor, é preciso fazer as reformas econômicas.

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