22/05/2015 - BÔNUS E ÔNUS EMPRESARIAL
O bônus empresarial é toda forma
de lucro. O ônus, óbvio, prejuízo. Mas, dentro da própria classe empresarial, o
governo discrimina de forma indecente. Os maiores grupos econômicos obtêm
financiamentos subsidiados do BNDES. Os menores não. O BNDES foi criado como
BNDE, por Getúlio Vargas. Atendia somente a burguesia nacional. José Sarney
colocou o S, dando a ideia de social, que nunca foi. O S abriu financiamentos
para as esferas de governo e para o capital estrangeiro. As gestões do PT
abriram mais ainda, financiando governos ditatoriais, tais como são ditaduras
africanas e Cuba, cujos empréstimos são secretos. Uma ignomínia ao povo
brasileiro. A principal linha de crédito interno, sendo muitos bilhões, é feita
mediante Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Esta é de mais de seis pontos
percentuais menores do que a taxa SELIC. O grande capital toma este dinheiro e
aplica na própria dívida federal. Portanto, obtêm lucros extraordinários, sem
fazer nada. E quem paga? A sociedade como um todo. Isso não começou agora. No
início era para atividades econômicas de baixa ou nenhuma lucratividade, como
forte atrativo. Hoje, não. Empresas gigantes, cheias de dinheiro em caixa, são
as clientes do BNDES e, ao invés de produzir, aplicam na dívida pública, sem
fiscalização governamental. Por exemplo, quanto seria o rendimento de R$500
bilhões ao ano? É só multiplicar pela taxa SELIC e dividir por cem. O valor,
sem dúvida, é bem próximo do corte que será anunciado hoje nos gastos públicos,
mas que vem sendo feito desde janeiro, próximo de 30%, causando brutal
recessão, por volta de 2% estimados.
Os ônus mesmo estão com cerca de
7 milhões de empresas. Assim, 54,3% das empresas nacionais estão inadimplentes.
É novo recorde, em março deste ano, conforme a SERASA, empresa que acompanha o
mercado financeiro. Certamente, estas não são contempladas pelo hospital
financeiro que é o BNDES.
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