03/05/2015 - ENERGIA ELÉTRICA DEVERÁ SUBIR MAIS NESTE ANO
A situação dos reservatórios
recebeu um alívio com as chuvas de março e abril no Sudeste e Centro Oeste, os
quais são responsáveis por dois terços da geração hidráulica brasileira, mas o
nível atual de águas é tão baixo quanto o de 2001, quando houve racionamento. A
oferta de eletricidade será assegurada pelas termelétricas, cujo preço de
produção é de quatro vezes o das hidrelétricas. A queda no consumo, em face da
recessão atual ajudará a evitar o racionamento. Conforme o Operador Nacional do
Sistema Elétrico, em 2001, os reservatórios do Sudeste/Centro Oeste estavam em
32,2%; em 2014, 38,8%; em 2015, 33,3%; já os reservatórios do Nordeste em 2001
estavam em 33,1%; em 2014, 43,6%; em 2015, 27,4%.
Em 2001 não existiam tantas
termelétricas como atualmente. Por isso mesmo, houve o racionamento. A gestão
da presidente Dilma não admite a hipótese, estando as termelétricas ligadas a
todo vapor, visando poupar água das hidrelétricas. As termelétricas não podem
funcionar ininterruptamente e precisam parar periodicamente para manutenção. Os
consumidores irão pagar as contas. Considerando o País como um todo, nestes
quatro meses, o aumento médio foi de 32%. Até dezembro, espera-se uma elevação
acumulada de 45%. Para 2016, o governo já acena com elevação provável de 30%. A
atual equipe econômica não aceita que o governo assuma tais despesas. Assim, o
próprio governo irá repassar os custos e isto terá forte repercussão
inflacionária.
Nos cálculos do governo, não deverá
haver racionamento de hipótese alguma. O setor privado está também sendo
acionado para ampliar a oferta de energia. Isto é, empresas que tenham
geradores próprios, tais como os shoppings, que poderão ligar suas máquinas e
vender a energia para a indústria e o comércio.
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