07/05/2015 - SETOR EXTERNO DIMINUI QUANDO DEVERIA CRESCER
Neste ano, o setor externo
brasileiro também tem diminuído, quando deveria crescer. Assim, o desempenho
retroagiu a 2010. No curto prazo, a economia doméstica está pior, porque está
em recessão. Até agora a balança comercial brasileira, em quatro meses, possui
déficit de US$5 bilhões. Há esperança de que se encerre o exercício com
superávit. Porém, o PIB de 2015 é projetado por quase todos como negativo,
inclusive, de conformidade com as pesquisas semanais do Banco Central,
publicação Focus desta semana é de – 1,18%. Observado o primeiro mandato de
Dilma, o PIB, de 2011 a 2014, obteve crescimento de 3,9%, 1,8%, 2,7%, 0,1%,
respectivamente, média anual de 2,2%. Quer dizer, crescimento modesto. Mas, de
janeiro a abril deste ano, as exportações caíram – 16,4%, as importações –
15,9%, já a corrente de comércio no período em referência se reduziu para –
16,1%, voltando ao nível mais baixo desde 2010. Nesta década está havendo a
reversão das expectativas do ciclo das commodities, que cresceram muito na
década passada, fazendo com que o Brasil reprimarizasse sua economia, enquanto
a sua indústria vem caindo a olhos vistos. O resultado da década anterior foi
de um bom PIB, aproximando-se de 4% de crescimento ao ano. Na década atual,
conforme citado, no meio da década, o PIB já tem taxa média anual menor do que
a metade da taxa da década passada (menor do que 2% anuais), mediante retração
do setor secundário. Em síntese, o esforço que o Brasil fez para crescer o seu
produto industrial no século passado, visualiza-se ele em recuo e em avanço
forte do agronegócio. As exportações estão fracas, não somente porque a demanda
está fraca, mas, também pelo forte recuo dos preços das matérias primas. Como
exemplo, o minério de ferro já perdeu 50% do valor neste exercício, a soja também
recuou 20%. O esperado era que o Brasil se abrisse mais, para ajudar nos anos
difíceis da economia doméstica, mas ele se fecha mais, fazendo a economia
brasileira despencar na classificação internacional. Já se estima que irá para
o 8º posto mundial e a Índia tomará o seu lugar, indo para 7º.
Ontem, o recuo
da indústria em março foi de 0,9%, o pior março em nove nãos, que foi em 2009,
ano em que houve recessão de – 0,2%. De janeiro a março deste ano, a queda se
deu de – 5,9%. A indústria agora recuou para 10% de participação no PIB.
Em suma, as
nuvens ainda indicam chuva. Na verdade, está um tempo ruim na economia.
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