28/02/2013 - REVERSÃO DO CICLO

Ao encerrar-se hoje fevereiro, percebe-se que os ventos globais estão soprando em direção para uma retomada cíclica, depois de longo e pessimista cenário projetado para o capitalismo, desde a quebra do Banco Lehman Brothers, dos Estados Unidos, em 21-09-2008. Houve três mergulhos econômicos do mundo, em que os países ricos ingressaram em recessão e os países emergentes diminuíram o seu ritmo de crescimento, alguns deles crescendo perto de 10% anuais, mesmo assim alguns ainda estão crescendo acima de 6% ao ano. Na percepção dos economistas em 2013 não estão mais presentes os problemas europeus de contágios dos mercados, havendo indicadores importantes dos Estados Unidos, neste início do segundo mandato do presidente Barack Obama, sinalizando uma retomada, como a recuperação do mercado de trabalho e dos preços dos imóveis. Há a melhora clara de confiança na economia americana, o que leva a muitos analistas acreditarem na retomada da confiança na economia mundial. Os mercados de ações estão precificando melhoras, mas de formas cautelosas. Não é da mesma maneira que em recuperações anteriores, desde a Grande Depressão de 1929, esta que é a maior desde aquela época.

Quanto ao Brasil, acreditam os analistas na recuperação nos próximos dois anos (2013-2014). A estimada retomada estimada pelo Banco Itaú é de crescimento de 3% neste ano e de 4% no ano que vem. Nos dois anos anteriores (2011-2012), o setor industrial deu mostras de estar despreparado para enfrentar a competitividade internacional, não somente através de incrementos de produtividade, mas de custos que se agravaram pelos atrasos nos investimentos de infraestrutura, previstos pelo PAC.

Agora, em 2013, dois anos após começar o seu mandato, a presidente Dilma está focando ações de atração dos empresários, para investir, nas parcerias público-privadas. Porém, para gerar maior confiança dos investidores, esse governo não poderá deixar de fazer reformas importantes, que se traduzam na reversão do ciclo econômico atual.