19/03/2013 - TRAVAS DO CRESCIMENTO


O Brasil anda devagar, em síntese, pela falta das reformas prometidas, pelo aumento do intervencionismo estatal em uma década, o que eleva a burocracia para níveis estonteantes, pelo investimento público pequeno, em contrapartida com a máquina pública gigante e que apresenta gastos que crescem mais rápido do que o PIB, pelo menos na última década, inibindo o investimento privado, principalmente o industrial, os quais estão travando o crescimento brasileiro, que, não obstante a taxa básica de juros, estar no menor nível da história, o que, em teoria, deveria levar ao crescimento econômico, mas está acontecendo o contrário, o País cresceu somente 2,7% em 2011 e 0,9% em 2012. Faltam reformas para pelo menos quatro áreas:
1.      Infraestrutura – por uma década o governo deixou de lado a agenda de privatizações de estradas, ferrovias, portos e aeroportos. Dessa forma o custo logístico é bastante elevado. Exemplo, o custo de transporte de cargas nos Estados Unidos, que é de território maior do que o brasileiro e tem pujança inigualável no mundo, é de 4,7% do PIB; referido custo brasileiro é de 6,3%.

2.      Ambiente de negócios – a burocracia, mis um cipoal de leis e regulamentos, não permitem os investimentos serem ágeis. Exemplo, 24 meses é o tempo médio para a obtenção de licenças ambientais.

3.      Carga tributária – está por volta de 36% do PIB, uma das mais altas do mundo. Em consequência, quem produz é penalizado. Exemplo, 23% é o aumento do custo tributário da indústria, acumulado desde 2006, conforme as federações de indústrias.

4.      Mão de obra – não que os salários sejam altos, mas os encargos é que são. Por exemplo, os encargos da mão de obra são 103% maiores do que os salários. As federações industriais revelam que 56% é o aumento do custo de pessoal na indústria, acumulado desde 2006.
Parece que o governo federal já está acordando para os problemas acima. Começou atacando o primeiro item acima, reabrindo as parcerias público-privadas. Alguma coisa tem sido feito pelo item 4, mas são desonerações da folha de pagamento pontuais. Enfim, os especialistas afirmam que as pequenas mudanças ora feitas em 2013, permitirão chegar a um crescimento der 3% do PIB.

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