24/03/2013 - DISFUNÇÃO GOVERNAMENTAL
A pergunta que também não quer calar: quando a economia brasileira irá fechar os buracos da ineficiência e dos desvios claramente vistos?
Uma distorção que cada vez mais se apresenta no País é o uso da economia em benefício da religião ou das religiões. Um exemplo claro se vê no atual governo que colocou no Ministério da Pesca, o bispo da Igreja Universal, Marcelo Trivella, que, ao assumir, disse que não entendia nada da pasta, mas que iria aprender a pescar. Coisa que ele sabe fazer em terra e não na água. Quer dizer, o atual governo não está visando a eficiência e sim a acomodação política da sua base. É o poder pelo poder e não o poder em benefício da maioria da população, conforme é o discurso da atual mandatária. A acomodação política é ruim para a Nação, visto que se criou um ministério, com enormes gastos, mas sem produzir resultados efetivos. No início da sua criação, 2003, fôra até superavitário. Hoje é muito deficitário. O Brasil, com essa imensa costa atlântica, tem balanço negativo na produção de peixes. É uma ironia.
O bispo em tela é licenciado das suas funções de religioso e do cargo de senador republicano. Ele disse anteontem, a um grupo de 3.000 pastores da Igreja Universal, que eles deveriam “aplaudir” o governo da presidente Dilma, porque as políticas voltadas para a população mais pobre permitiram uma arrecadação maior do dízimo, que é uma taxa obrigatória dos fiéis, para “sustentar” as atividades das igrejas deles. Declarou explicitamente: “O que nos sustenta são dízimos e ofertas de pessoas simples e humildes”. Quer dizer, a Igreja Universal, cujo patrono e criador é Edir Macedo, hoje considerado um dos homens mais ricos do mundo, segundo a revista Forbes, tira dos pobres para dar aos ricos, exatamente o contrário do que poderia ser, o que é até por eles apregoado. Assunto deveria ser objeto de ação criminal. Mas, ainda não é. A população não percebe com clareza o que eles fazem e não são somente eles.
Enfim, o baixo nível educacional da maioria da população brasileira, reprovada interna e externamente, com notas abaixo de 5, na escala de zero a 10, não fazem ainda sentir que referida situação não pode continuar eternamente. Por enquanto, a presidente Dilma tem popularidade próxima de 80% e seria reeleita, no primeiro turno, com 58% dos votos, conforme a pesquisa do Datafolha, nesta semana.
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