09/03/2013 - CESTA BÁSICA



A cesta básica se compõe de 51 itens de consumo. Hoje a presidente Dilma anunciou que oito produtos, a saber, carnes, café, óleo de soja, manteiga, creme dental, papel higiênico, açúcar e sabonete, ficaram isentos de PIS-PASEP, este estimado em 5%; do COFINS, avaliado em 9,25%; do IPI, de 12,5%. Trata-se de renúncia fiscal de R$7,3 bilhões. O objetivo é a décima quarta tentativa de reduzir a inflação e ampliar o crescimento econômico. No lado inflacionário, à semelhança do que houve no ano de 2012, os empresários baixarão um pouco os preços e por tempo limitado, haja vista que deverão recuperar parte da margem de lucro perdida.
Portanto, repassarão parte dos subsídios que receberão. Ademais, o impacto na inflação será restrito à cesta básica. Neste ano, o governo elevou os preços da gasolina e duas vezes o preço do óleo diesel, de bem maiores impactos. Porém, reduziu também os preços da energia elétrica. Uma pancada no cravo e outra na ferradura.

Um acompanhamento mensal respeitável é feito pela FIPE para a cesta básica. A lista de compras é para uma família de quatro pessoas, com renda familiar entre um a dez salários mínimos. Isto é, de R$678,00 a R$6.780,00. A cesta básica em São Paulo é de R$351,11. A redução dos tributos citados será de R$10,11, ou seja, uma redução do gasto mensal de 2,88%, não dando nem para comprar um quilo de carne.

O corte nas estimativas particulares de inflação é de 0,3%, enquanto a avaliação governamental é de 0,6%. Além do mais, fala-se que o preço da gasolina poderá ter outro reajuste neste ano, para retirar a Petrobras do sufoco. Por seu turno, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos autorizou um reajuste de 6,3% nos preços dos remédios, a partir de 30 de março, mesmo percentual da inflação atual.

A equipe econômica continua insistindo com medidas pontuais, as quais não reanimaram ainda a economia. Por outro lado, a inflação de 12 meses, encerrada em fevereiro já chegou a 6,3%, bem próxima da meta, com viés de alta, de 6,5%. Comenta-se que a heterodoxia governamental não tem sido eficiente. Provavelmente, o COPOM elevará brevemente a taxa básica de juros, conforme medida ortodoxa já executada várias vezes. Com isto, a economia não se reanimará.

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