27/07/2012 - SUBESTIMANDO A SITUAÇÃO

Os governos do PT continuam subestimando a crise mundial iniciada em 2008. Tanto Lula, no segundo mandato, como Dilma, em ano e meio de mandato, portanto, lá se vão quase cinco anos e não cumpriu o PT o prometido crescimento sustentável. Assim, existe um freio que esboça a economia brasileira, desde o final dos anos de 1970, mais de 30 anos. Não é difícil perceber que a União sempre insistiu em manter uma política monetária equilibrada, mas somente a conseguiu depois do Plano Real, em 1994. Descobriu-se, desde o Plano Real, que o Brasil iria dar-se bem com as políticas econômicas ortodoxamente recomendadas por Keynes, de curto prazo. São elas a monetária, cambial e fiscal. Porém, o governo federal não quer reconhecer que a política econômica correta é de longo prazo, de crescimento sustentável, sendo de mudanças estruturais, a começar com o planejamento econômico. Em seguida, as reformas educacional, da saúde, fiscal e de infra-estrutura. Mas, os últimos governos brasileiros não tem se mostrado competente para retomar o nível de crescimento dos anos de 1970. Isto se deve ao fato de não reconhecer que a produção industrial não sinaliza mais a força que tinha há décadas atrás. No ano passado o crescimento industrial foi zero. Neste ano vai ser bastante moderado. Por outro lado, a primeira década do século XXI, que trouxe grandes aumentos de commodities, demonstra agora ter preços em recuo. A estagnação europeia e a pequena recuperação americana também retraiu o crescimento do PIB brasileiro. Ademais, os grandes países emergentes também diminuíram suas taxas de crescimento.
Por seu turno, a situação nacional não é de folga, visto que tem caído a arrecadação, bem como o crescimento impulsionado pelo crédito e pelo consumo está mostrando esgotamento. As finanças públicas tem que honrar juros de uma dívida pública que se aproxima de 50% do PIB, sobrando pouco para investimentos produtivos. O maior programa governamental, o PAC desdobrado em PAC 1, 2, 3 não realizando, segundo o próprio governo, nem a metade do proposto anualmente. Aliás, a equipe gestora do PAC fazia avaliações de quatro em quatro meses, no governo de Lula. Com Dilma passou a semestral, mas o terceiro exame ainda não se deu. O que a União agora está extremamente valorizando é o programa habitacional, que correspondeu neste ano a 40% dos investimentos governamentais programados. Frise-se que o financiamento habitacional é feito basicamente com FGTS, poupança compulsória do trabalhador. A área da habitação, é a responsável pela geração de muitos empregos, muito contribuindo também para a taxa de desemprego fique por volta de 6% da população economicamente ativa.

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