08/07/2012 - PLANO DA PETROBRAS



Todo ano a Petrobras lança seu plano quinquenal de negócios. Neste ano, ela declarou que pretende dobrar a produção doméstica de óleo e gás até o final da década. A produção em 2011 foi de 2,376 milhões de barris. Em 2020 projeta 5,200 milhões. Isto implica dizer que pretende crescer de 2012 a 2020, algo como 9% ao ano via incremento da produção na chamada camada do pré-sal. Nos nove anos dos governos do PT o crescimento médio alcançou 3,5% anuais, um pouco inferior à taxa média do PIB nacional, mais próximo da média nacional ainda inferior a 4% ao ano. Os poços do pré-sal, nova fronteira marítima anunciada como a colocação da Petrobras como exportadora de enormes saldos líquidos, desde 2007 somente alcançou 180 mil barris, cerca de 7,6% do total.São muito grandes as dificuldades de incremento da produção. Os navios de plataforma hoje existentes são 48, precisando de mais 68, verdadeiras refinarias flutuantes. Dutos flexíveis, os quais levam óleo do poço para a plataforma, hoje são 6.122 quilômetros e deverão ser 28.202 quilômetros. Árvores de Natal, conjunto válvulas que controlam a saída de óleo e gás do poço, atualmente são 793, precisará de 2.518. Petroleiros, possui 55 e deverá ter 120. Navios de apoio abastecem as plataformas, na atualidade existem 289, precisará de 650. Sondas de perfuração são 57 precisará de 122.

As petroleiras na exploração profunda do mar gastarão US$400 bilhões, mediante aquisição de equipamentos, serviços de expansão e manutenção de suas explorações. O maior problema é a compra de 3,9 milhões de toneladas de chapas de aço, usadas na fabricação de embarcações e inúmeros equipamentos do segmento. O aço brasileiro custa 30% mais caro do que o importado. Além disso, o Brasil não produz aços especiais, que são mais resistentes à corrosão. Boa parte do óleo do pré-sal terá níveis elevados de CO2 e de enxofre, altamente corrosivos.

No geral, as previsões da Petrobras são de que terá de investir mais para extrair menos petróleo do que o previsto em planos de negócios anteriores. Na bolsa de valores brasileira os preços das petroleiras, Petrobras, OGX, Queiroz Galvão,já recuaram 33,91% neste ano, pelos baixos resultados alcançados. Mas isto também é devido a queda dos preços do barril de US$120.00 para US$90.00.

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