25/07/2012 - ANALFABETOS FUNCIONAIS
A ONG Ação Executiva divulgou na
semana passada uma pesquisa que afirma que 27% dos brasileiros são analfabetos
funcionais. O universo da pesquisa tomou como base 130 milhões de brasileiros
acima de 15 anos, constatando que 32,5 milhões de brasileiros são incapazes de
ler e entender uma lauda. É notória a dificuldade de vencer tal situação, até
porque, depois de adulto ou velho, o cidadão dificilmente quer voltar a
estudar. O que é pior, esses quase um terço de brasileiros seguramente são de
baixa produtividade.
Roberto Pompeu de Toledo, na
última página desta semana da revista Veja, em comparação de mau gosto afirma
que seriam necessárias 232 bombas atômicas para acabar com eles à semelhança
daquela que dizimou 140.000 pessoas em Hiroshima. Para ele “o barco Brasil
carrega quase dois Chiles de despreparados”. Quando a citada ONG começou a
estudar referido contingente, em 2001, eles representavam 39% da população.
Quer dizer, foi considerável o avanço, ainda mais que o analfabetismo caiu de
12% para 9,7%. É claro que tais números são ruins. É evidente que o governo tem
que fazer mais.
Tais dados têm que ser mais
levados à consideração, principalmente porque a educação brasileira é
considerada deficiente, conforme atestam os testes PISA feitos anualmente, para
examinar os conhecimentos de leitura, matemática e ciências entre adolescentes
do mundo. Uma emenda constitucional foi aprovada na Câmara, para elevar os
gastos com educação de 5,1% para 7%, até 2015, depois, para 10%, até 2020. As
universidades estão em greve, pleiteando melhores condições de ensino, que não
são somente gastos e sim mudança da estrutura historicamente errada. Enfim, é
fundamental que se faça uma revolução educacional porque
senão o progresso continuará sendo lento.
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