23/07/2012 - DINHEIRO LAVADO



Divulgado neste fim de semana o trabalho “The price of offshore revisited”, escrito por James Henry, ex-economista chefe da consultoria McKinsey, encomendado pela Tax Justice Network (rede de justiça tributária, tradução literal, mais uma ONG), cujos resultados se encontram entre os cruzamentos de dados do Banco de Compensações Internacionais, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e de governos nacionais. Refere-se a 139 países em direção aos chamados paraísos fiscais. Segundo o autor, uma posição conservadora é de que os depósitos alcançam US$21 trilhões. No entanto, o número final por ele encontrado é de US$32 trilhões. O dinheiro deixou os citados países para a Suíça, Ilhas Cayman e outros endereços, que captam recursos de endinheirados, mediante sigilo bancário, redução ou isenção de impostos. 

Brasileiros têm a quarta maior fortuna em paraísos fiscais, segundo o estudo. Até 2010, cerca de R$1 trilhão ou US$520 bilhões foram identificados por depósitos bancários de nacionais. Na América Latina, México, Argentina, Venezuela aparecem na lista dos vinte maiores depositantes. Os bancos internacionais são os facilitadores dos negócios. Destacam-se o Bank of America, Goldman Sachs, JP Morgan e Citibank. Todos Americanos. Como os Estados Unidos não compatilham informes fiscais com nenhum país o assunto fica no ar.

O mais curioso do estudo é de que existem muitos detentores de contas correntes de países africanos, enormes recursos offshore.

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