15/07/2012 - PLANOS DE SAÚDE


A maior preocupação do brasileiro é com a saúde, à frente de educação e segurança. A pior avaliação da presidente Dilma, nas pesquisas do Datafolha é justamente na saúde pública. Não sem motivo a Constituição de 1988 trouxe como cláusula pétrea que a saúde pública é um bem de todos, direito que antes excluía os deserdados da sorte, desempregados, dentre outros. Porém, a saúde pública é muito ruim no Brasil. Dessa maneira, o cidadão corre para fazer um plano de saúde, que de certa forma vende a ideia de proteger o cliente, com respeito à cesta de serviços prestados, preços, qualidade, pronto atendimento. Hoje 50 milhões de brasileiros tem planos de saúde, o equivalente a um em cada quatro brasileiros. O plano de saúde no Brasil se popularizou, a preços mais acessíveis. No entanto, a qualidade da prestação do serviço particular caiu. A presidente Dilma tomou duas frentes de ação. Criou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para ser disseminada em todo o Brasil e desde fevereiro de 2011 que o Ministério da Saúde lançou um programa para monitorar os serviços oferecidos pelas empresas. Não existia nenhum indicador de qualidade dos planos, nenhuma sanção para os ineficientes.
A ação governamental desde o ano passado tem sido de fixar prazos de marcação de consultas, obrigações de fornecer todos os serviços previstos em contrato. As reclamações dos clientes passaram a servir de referencial para punições, que vão desde a proibição de vender novos planos e até intervenção nas administradoras. Na semana passada o governo divulgou relação de 268 planos de saúde, pertencentes a 37 operadoras, proibidas de atrair novos clientes, por serem incapazes de atender as demandas. Os planos que melhorarem suas avaliações poderão voltar a vender contratos.
As armadilhas dos planos são restrições ao uso, quase sempre derrubadas na justiça, tais como o limite de despesas nas emergências dos hospitais ou até mesmo carência de 180 dias para cirurgias, cortes de atendimento a certas especialidades, proibição de procedimentos, hospital trocado por mais barato, a conta da cirurgia tem glosados valores de materiais usados ou equipamentos, a autorização em cima de hora, até mesmo a ausência dela, barreiras para novos exames, mais caros e limite de dias para internação. 

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