06/07/2012 - BOLHAS ECONÔMICAS
Em setembro de 2008 estourou a bolha financeira nos Estados Unidos, quando o governo americano deixou quebrar o Banco Lehman Brothers, que tinha mais de 156 anos. Ficou patente que havia bancos alavancados em até 40 vezes seus depósitos. A crise financeira puxou a crise imobiliária, bolha composta de tomada de empréstimos para compra de imóveis, mas gastos com consumo, vez que a garantia hipotecária não prevalecia. A recessão saiu dos Estados Unidos, atingiu a Europa e depois todo o mundo. O Brasil teve recessão de – 0,3%, em 2009, recuperando-se logo em 2010, quando cresceu 7,5%. No ano de 2011 o mundo deu um segundo mergulho, rápido, a economia brasileira cresceu 2,7%. No início de 2012, a economia mundial se recuperava e parecia que a Grande Recessão tinha acabado. No entanto, neste segundo semestre ela tomou forma de um terceiro mergulho, agora mais sério, porque os países ricos se contraíram bastante, chegando à recessão, os países emergentes recuaram bastante em seu nível de crescimento. No entanto, volta-se a falar na bolha do elevado endividamento público mundial e nas dificuldades do sistema financeiro. Os bancos da Europa receberam do Banco Central Europeu auxílio financeiro de 100 bilhões de euros. O mundo aguarda recuperação, mas não neste ano.
O Brasil é um país que recuou bastante da expectativa de crescer entre 4,5% a 5%, no início do ano, para fechar 2012 com estimativa de 2,5%. Então é de perguntar-se se existem bolhas econômicas no Brasil.Bolha financeira não existe, visto que os bancos são considerados como dos mais saudáveis do mundo. Bolha da dívida pública não existe, dado que o endividamento caiu para 40% do PIB, algo que permitiu ao Brasil receber o ‘grau de investimento’ das três grandes agências de risco internacionais, desde 2008: a Standard &Poor’s, a Fitch e a Moody’s. Além do mais as reservas internacionais ultrapassam US$350 bilhões. Bolha do consumo não procede, muito embora o consumo esteja em 60% do PIB, não é preocupante porque se baseia no mercado doméstico. Bolha imobiliária nem pensar, visto que os financiamentos imobiliários estão por volta de 5% do PIB. Portanto, no Brasil não há bolhas e sim falta de planejamento econômico de longo prazo.Quanto ao custo de vida, Tóquio, a maior cidade do mundo, com mais de 32 milhões de habitantes, também é a mais cara do planeta. São Paulo está em 12º lugar, Rio de Janeiro, em 13º lugar, Brasília, 33ª posição. Depois, bem longe vem Salvador. Existe excesso de oferta de imóveis, assim como eles duplicaram a triplicaram de preços nos últimos cinco anos, a depender da metrópole nacional. No entanto, o crédito imobiliário é farto, tem sido barateado e é cercado de garantias reais. Além do mais existe um déficit habitacional no País de mais de 7 milhões de moradias.
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