31/12/2011 - RANKING DE GESTÃO DOS ESTADOS

O primeiro Ranking de Gestão dos Estados Brasileiros, elaborado pela Unidade de Inteligência do grupo inglês Economist, o qual publica há mais de 200 anos a revista The Economist, patrocinado pelo Centro de Liderança Pública, tem como objetivo subsidiar os administradores públicos, visando promover reformas e atrair investimentos. Não foram avaliadas pessoas, mas relatórios jurídicos, publicações, sites de autoridades e de organizações que acompanham governos e escolas de administração. Foram avaliados 25 indicadores, em 8 categorias de impacto no ambiente dos negócios. O modelo matemático classificou os Estados recebendo notas de zero a 100. Muito bom, de 70 a 100. Bom, de 50 a 70. Moderado, de 20 a 50. Ruim, até 20. A conclusão geral foi de que São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Distrito Federal e Santa Catarina são os únicos que apresentaram pelo menos bom ambiente de negócios. Os restantes 20 outros Estados estão de ruim a regular.

1. Ambiente político, média estadual de 49,7.
2. Ambiente econômico, média estadual de 50,3.
3. Ambiente de recursos humanos, média estadual de 34,9.
4. Ambiente de sustentabilidade, média estadual de 59,4.
5. Ambiente de inovação, média estadual de 29,6.
6. Ambiente de políticas de investimentos estrangeiros, notas não reveladas.
7. Ambiente de infra-estrutura, notas não reveladas.
8. Ambiente de regime tributário e regulatório, notas não reveladas.

Quando se toma os cinco ambientes com médias estaduais reveladas, tem-se a média geral de 44,78. Portanto, a gestão aqui está reprovada. Vale dizer é deficiente. Palmas para sustentabilidade e vaias para a inovação.

O presidente do Centro de Liderança Pública, Luiz Felipe D´Ávila, em declarações à revista Veja deste final de ano, assim se referiu: “A meta principal é fortalecer as instituições e evitar o personalismo... O Estado de São Paulo apresenta o melhor ‘ecossistema’ para a realização dos negócios. Tem estabilidade política e melhores universidades, boa infra-estrutura e uma indústria de serviços consolidados. Só precisa simplificar o seu sistema tributário. Já o Piauí, o último colocado, é exatamente o oposto”. Isto faz lembrar a tese de doutorado dos anos de 1970, do professor Carlos Geraldo Langoni, que examinou a desigualdade brasileira e educação, chegando à mesma conclusão do atual estudo, de que o Estado do Piauí está na rabada em concentração de renda e São Paulo em primeiro em desconcentração de renda. Vale dizer, a União continua permitindo vários brasis desiguais.

Sem dúvida, neste último dia do ano, o assunto mais recorrente foi a necessidade de atuar a partir da educação brasileira, para transformar o Brasil em País desenvolvido.

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