14/12/2011 - PAÍS PODERÁ NÃO TER CRISE


A estimativa do governo para o crescimento da economia no ano que vem será de 3,2%, perante resultados ruins advindos do cenário mundial. É claro que as estimativas são conservadoras depois dos resultados que estão sendo obtidos pelo governo da presidente Dilma, abaixo dos projetados por ela, mas bem melhores do que o resultado bem fraco do primeiro ano do governo do presidente Lula, em 2003. O primeiro ano de novo governo é sempre assim, para pagar os gastos excessivos do ano eleitoral é preciso pisar no freio, principalmente quando a inflação ultrapassar as expectativas. Entretanto, os indicadores da economia mostram que o fôlego está longe de acabar. Não faltam motivos para acreditar que os números poderão vir mais fortes no ano que vem. Além dos juros menores, o crédito poderá ser expandido, estão previstos incentivos fiscais. O fator que irá perturbar no início do ano será o reajuste de 14% do salário mínimo, com repercussões inflacionárias.

Os mais otimistas esperam que vários indicadores que estão sendo aventados como mais prováveis sejam de desemprego de 5,8%, o menor nível em nove anos para outubro; inflação fechando o ano em 5,3%, dentro da meta com viés; geração de empregos de 2,2 milhões, de janeiro a outubro; massa real de rendimentos das famílias com alta de 5,7%; elevação das operações de crédito de 14%, de janeiro a outubro; exportações atingindo de janeiro a novembro recorde histórico de US$234 bilhões; investimentos diretos externos somente no primeiro semestre de US$56 bilhões; superávit primário de R$118,6 bilhões, de janeiro a outubro, de 3,5% do PIB; além de elevação do comércio de 7%, em 2011, em relação a 2010, conforme estimativa da FECOMÉRCIO/SP.

Quiçá não estejam certos os alarmistas de plantão, que pensam em contágio brasileiro das circunstâncias negativas advindas da Europa. Porém, que o governo tem que cumprir as promessas de campanha tem, visto que a máquina pública é pesada, vagarosa e gasta muito do orçamento, o que poderia ser poupança governamental para investimentos.

Sem dúvida continuarão os programas sociais, mas que lentamente reduzem as desigualdades. Veja-se o caso da educação que, na última década se elevaram somente de 4% para 5%. O governo gostaria de gastar 7%, mas não vê de onde retirar. Ademais, antes de gastar-se mais na educação ela deveria ser objeto de grande reforma, valorizando-se o ensino fundamental e melhorando a qualidade em geral, que vem sendo feita muito lentamente.

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