11/12/2011 - FREADA BRUSCA
Depois de uma semana os dados do terceiro trimestre do PIB podem ser mais bem examinados. Na verdade o que houve foi uma freada brusca no aquecimento dado perante a economia em 2010. Além de ser ano eleitoral, havendo realmente gastos excessivos para eleger a candidata à presidente, pela continuidade da direção do PT, a inflação ultrapassou o centro da meta mais o viés para cima e prometia disparar. Portanto, em três reuniões do Banco Central (BC) do início do ano se elevou a taxa básica de juros SELIC, esfriando a economia. Claro, os resultados dos dois primeiros trimestres repercutiram forte no terceiro trimestre. Dados coletados semanalmente pelo Banco Central e publicados nas segundas feiras indicam que a expectativa é de o que o PIB de 2011 seja de 2,9%, o pior cenário atribuído pelos cerca de 100 analistas financeiros geralmente consultados pelo BC. O crescimento zero do terceiro trimestre deixa em grande expectativa para o quarto trimestre. Contudo, a economia não ingressará em recessão técnica. Isto é, dois trimestres ruins (negativos). As primeiras pesquisas mostram uma recuperação do ritmo de crescimento. Entretanto, no terceiro trimestre a indústria caiu – 1,4%; o comércio, - 1%; gastos do governo, - 0,7%; investimentos, - 0,2%; gastos das famílias, - 1%. Do lado positivo, a agropecuária cresceu 3,2% no trimestre; serviços financeiros, 1,7%; construção civil, 0,2%. Na média, PIB zero. A grandeza da freada surpreendeu até porque o período em tela do Brasil foi pior do que os resultados dos países combalidos da zona do euro. O mais surpreendente é que em menos de um ano caiu a taxa de 7,5% para menos do que 3% anuais.
O ritmo anual veio de 7,6% no terceiro trimestre de 2010, para 7,5% no quarto do ano; para 6,3% no primeiro trimestre de 2011; para 4,9% no segundo; 3,7% no terceiro; sendo 2,8% previsto para o quarto e último deste ano.
O que antes era dito que o Brasil tinha ingressado finalmente na onda virtuosa do crescimento econômico, vê-se que a locomotiva empacou. Somente em obras do PAC mais de R$17 bilhões deixaram de ser investidos, atrasando mais ainda obras prioritárias, tais como aquelas nos aeroportos, portos, estradas de ferro e até no Programa Minha Casa Minha Vida.
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