01/12/2011 - PANORAMA SOCIAL DA AMÉRICA LATINA


Órgão da Organização das Nações Unidas, a Comissão Econômica para América Latina e Região do Caribe (CEPAL) publica relatório anual intitulado Panorama Social da América Latina 2011. A constatação principal é de que entre 1990 a 2010 a taxa de pobreza dos países latino-americanos teve uma redução de 17%, caindo de 48,4% para 31,4%. Já a taxa de indigência se reduziu 10,3%, de 22,6% para 12,3% dos habitantes.

Referido progresso está relacionado mais, segundo a CEDPAL, ao aumento real da renda proveniente do trabalho. Isto é, os programas de transferências de renda governamentais, a exemplo, do Programa Bolsa Família, não foram os que mais contribuíram para redução da pobreza. A respeito do resultado deste ano, a CEPAL acredita que a pobreza deverá recuar para 30,4%. Entretanto, a taxa de indigência subirá para 12,8%, em razão dos efeitos das altas de preços de alimentos no mundo, o que neutraliza os benefícios acima citados.

A CEPAL calcula que existiam 177 milhões de pobres na América Latina em 2010, sedo 70 milhões de indigentes. A expectativa é que em 2011 o número de pobres seja próximo de 174 milhões e o número de indigentes de 73 milhões. Na observação de 2009 para 2010, o Brasil não figurou como aquele que obteve resultados mais expressivos. Os destaques foram para Peru, Equador, Argentina, Uruguai e Colômbia. Na contramão, Honduras e México foram os que mais regrediram. O estudo da CEPAL demonstra que os países com menor gasto social no período de um ano foram Bolívia, Equador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Paraguai. O Brasil aparece no primeiro grupo de gastos sociais, estimado acima de mil dólares, ao lado da Argentina, Chile, Costa Rica, Cuba, Trinidad/Tobaco e Uruguai. Nesse primeiro grupo os gastos em referência estão concentrados em educação.

Perante o cenário de crise internacional, o gasto social na região, segundo a CEPAL, conseguiram evitar elevação do desemprego e a vulnerabilidade social.

O Programa Brasil sem Miséria, recentemente criado, incluiu 1,3 milhão de crianças no Programa Bolsa Família. Nos cinco primeiro meses do programa de combate à miséria cerca de 180 mil famílias foram incluídas no Programa Bolsa Família.

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