19/12/2011 - PACOTE DO BEM


Neste final de ano o governo federal, através do Ministério da Fazenda, lançou um pacote do bem. Isto é, medidas fiscais e creditícias para garantir uma maior taxa de crescimento. Na área fiscal, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) se reduziu de 3% para 2,5%. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na linha branca voltou a sofrer alterações para os estoques que estarão nas lojas até 31 de março de 2012. A alíquota do IPI de 4% que incide sobre fogões não será cobrada. O IPI dos refrigeradores e congeladores cairá de 15% para 5%. No segmento de alimentos, decidiu-se zerar o PIS/COFINS sobre massas, que era de 9,25%, isto até 30 de junho de 2012. Também houve o fim de IOF sobre as aplicações de investidores estrangeiros na bolsa de valores. Na área creditícia, os bancos públicos estão em alerta. O Banco do Brasil acaba de anunciar a quarta redução na taxa de juros neste ano. O Tesouro Nacional irá capitalizar em mais R$25 bilhões ao BNDES.

Ademais, a Câmara de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento tem aumentado a concessão de benefícios, para a importação de máquinas e equipamentos, produtos de informática sem similares na área do MERCOSUL. A idéia é estimular a inovação tecnológica e a competitividade com empresas internacionais.

O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que “vamos entrar em 2012 com a economia se aquecendo de forma responsável e sustentável, em torno de 4,5%”. A previsão do economista-chefe do Banco Itaú/Unibanco, Ilan Goldjan, que já foi diretor do Banco Central, é de que o crescimento de 2012 será de 3,5%. O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, Carlos Thadeu de Freitas, que também foi diretor do Banco Central, está também em 3,5%, mesmo porque acredita que ingressaram capitais externos para a produção.

Ao que parece o Brasil tem um limite de crescimento, que parece esbarrar-se no teto de 5%. O crescimento chinês é uma referência cada vez mais distante.

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