29/12/2011 - MUNDO DE CABEÇA PARA BAIXO


Em 2011 aconteceram cenas imprevisíveis no mundo e no Brasil. No mundo, multidões de jovens saíram dançando pelas praças, ditaduras ruindo, tiranos poderosos sendo sacrificados nos territórios do Islã. Dentro do mundo capitalista rico foram fortes as ocupações de praças, ruas, fazendo protestos contra os bancos, contra as injustiças. Isso antes se via nos países dominados. O oceano provocou acidente atômico no Japão. Terroristas viraram caças, morrendo pelo menos três dos principais líderes. Os Estados Unidos se retiraram do Iraque e deixou aquele país pior do que estava. O rombo daquela guerra levou os Estados Unidos a sérios problemas financeiros. Quase que os Estados Unidos se tornavam inadimplentes pela primeira vez e teriam a nota de risco rebaixada pelas suas próprias agências. O capitalismo se reaproximou de Cuba. Outrora, desacreditados, os países do Hemisfério Sul continuaram sendo líderes em rápido crescimento. Já os países do Hemisfério Norte amargaram uma recessão estimada em – 0,6%. A Europa se vê envolvida em um saco de gatos de difícil solução. De repente, o arrogante FMI ouviu recomendações dos países aos quais costumava fazer reprimendas, pedindo dinheiro emprestado a eles a quem tanto emprestavam. O mundo virou de cabeça para baixo. Porém, a África Subsaariana nada mudou. Continuou tendo a renda per capita correspondente a 5% da renda de um país rico.

No Brasil, a direção foi entregue à presidente Dilma, legal e legitimamente. Por aqui houve uma oposição ao governo que não fez oposição, dentro da democracia. Coube à grande imprensa ser realmente o quinto poder, denunciando seis ministros corruptos e mostrar a arrogância de outro deles. Como resultado, a presidente aceitou a demissão de sete ministros, em sete meses. Quer dizer, um por mês. Fato inédito. Magistrados em número de mais de 60 foram julgados pela opinião pública, havendo processos abertos pelo Conselho Nacional de Justiça. Ainda que timidamente, muitos brasileiros saíram às ruas gritando contra a corrupção. Antes ocupantes por décadas, traficantes bateram em retirada dos morros cariocas, onde se instalaram várias Unidades Pacificadoras de Polícia. Estrelas da música planetária vieram fazer vários shows no Brasil, coisa que nunca tinha ocorrido em profusão. A seleção brasileira perdeu a Copa América. O time de futebol dos Santos levou show de bola do Barcelona, campeão mundial. Enfim, muita coisa invertida. Ainda bem que o País cresceu por volta de 3%, quando esperava crescer 5%, perante o segundo mergulho da crise internacional.

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