16-12-2011 - DANOS DO PETRÓLEO AO MEIO AMBIENTE
Considerando que o petróleo é o resto de animais e vegetais acumulados por séculos, depositados nas camadas embaixo da terra, que, retornando à superfície, traz desequilíbrios ecológicos de difícil solução ou de centenas de anos para desfazer os seus maléficos efeitos. No entanto, sob o ponto de vista econômico, não existe melhor negócio no mundo do que uma petrolífera. Assim já dizia John Paul Getty, em 1970, o homem mais rico do mundo na época. Ele dizia o primeiro negócio é o petróleo até o décimo lugar. Depois vem um banco. As maiores e melhores empresas, sob a ótica econômica, são companhias petrolíferas. No caudal do desenvolvimento capitalista, elas são até capazes de comandar governos ditatoriais, tais como na Nigéria, nos Países Árabes ou na Venezuela. Indiretamente, dão as cartas nos países europeus e nos Estados Unidos. Enfim, até no Brasil, onde se constitui na maior empresa brasileira, da América Latina e uma das maiores empresas mundiais, ela é capaz de realizar obras abertas, fazendo muita propaganda, bem como veladamente. A prova disso é que, dos dez maiores acidentes ecológicos na plataforma marítima, investigados pelo CNP, a Petrobras foi responsável por nove. A força dela é tão grande, que a grande imprensa nada revela.
O último acidente tão noticiado é o da CHEVRON, gigante maior do que a Petrobras, também mais impetuosa pelo mundo, no estilo norte-americano de ser. O Ministério Público Federal (MPF), em Campos, Estado do Rio de Janeiro, pediu à justiça federal que ela, juntamente com a ligada TRANSOCEAN, paguem indenização de R$20 bilhões, em 07 de novembro, por danos ambientais e sociais, causados pelo derramamento de óleo no campo do Frade da bacia de Campos. Porém, o vazamento ainda não foi contido. A propósito, tal tipo de pedido é pura fantasia, em um país que tem tantas leis, que levam processos à prescrição.
O MPF também pede à justiça que suspenda todas as atividades da CHEVRON/TRANSOCEAN. Em caso de desobediência, o MPF pede que seja aplicada multa de R$500 milhões por dia. Pelos cálculos do MPF em Campos foram derramados 3.000 barris de óleo no mar.
O campo do Frade é operacionalizado conjuntamente entre a CHEVRON, a Petrobras e um consórcio japonês, estes dois últimos minoritários. A TRANSOCEAN foi contratada pela CHEVRON para fazer as perfurações. Ela também era encarregada de perfurar no golfo do México, no campo do Macondo, onde no ano passado causou grande desastre ecológico.
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