VILÕES DA INFLAÇÃO DE UM ANO


Pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV), relativa a dezembro de 2020 a novembro de 2021, revelou que o açúcar, a carne bovina, o maracujá e o café em pó estão sendo os vilões da inflação de 2021. Os cálculos foram feitos com base no Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IPC-DI), medida da oferta global de bens, diretamente ao consumidor. Referido indicador já fora por muitos anos a principal referência da inflação brasileira, calculado para a cidade do Rio de Janeiro, que foi por séculos a Capital Federal. Hoje, cabe ao IBGE calcular a inflação oficial, através do Índice Nacional de Preços ao Atacado (IPCA), que faz a coleta de dados nas seis maiores regiões metropolitanas do País.

A maior elevação de preços ficou com o açúcar refinado, de 53,05; em seguida, maracujá, 52,02%; filet mignon, 39,07%; café em pó, 38,69%; alimentos preparados e congelados de carne bovina, 33,71%; pimentão, 32,68%; açúcar cristal, 31,25%; frango em pedaços, 28,68%; feijão fradinho, 25,97% e pá, 25,57%. Entre os preços em queda, o maior recuo foi no preço do limão, - 18,50%; em sequência, maça, - 16,30%; banana da terra, - 11,05%; arroz, - 8,27%; banana nanica, - 4,17%; feijão mulatinho, - 2,02%; uva, - 1,84%; pernil suíno, - 1,27% sucos de frutas, - 0,66%; fígado bovino, - 0,37%. 

 

Em síntese, o IBRE/FGV informou que a maior parte da inflação em 2021 se deveu ao cenário climático, que castigou a produção agrícola brasileira até meados de outubro. Embora o IBRE tenha declarado que o impacto mais forte foi nas carnes, porque a criação de animais é altamente dependente do milho e da soja, para servir  na sua alimentação, houve uma grande demanda externa, notadamente da China, pela aquisição e proteína animal.

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