DESEMPREGO CAIU BASTANTE, MAS A ECONOMIA FICOU ESTAGNADA

Em março deste ano a taxa de desemprego estava em 14,9%. O IBGE divulgou agora que a taxa de desemprego, no trimestre encerrado em outubro, caiu para 12,1%, reduzindo também o desemprego de 13,7, no trimestre encerrado em julho, absorvendo o mercado de trabalho no citado trimestre mais de 3 milhões de trabalhadores. Apesar disto, o Brasil tinha mais de 12,9 milhões de cidadãos em desemprego aberto. Isto é, sem carteira de trabalho assinada, conforme Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua. 

Por seu turno, o rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve queda de 4,6%, em apenas um trimestre. Ou seja, R$117,00 a menos em relação ao recebido no trimestre encerrado em julho. Em comparação ao trimestre encerrado em outubro do ano passado, a renda média do brasileiro se reduziu 11,1%. Ou seja, R$307,00 a menos, para o piso de R$2.449,00 mensais. Isto é, existem mais pessoas trabalhando.  Porém, o salário é cada vez mais baixo, em razão da concorrência pelas vagas que ocorrem, bem como pela inflação elevada, que reduz o poder aquisitivo dos brasileiros, eu possuem algum tipo de remuneração.

As expectativas eram de que o PIB deste ano crescesse mais de 5%. Agora, as estimativas das medianas de cerca de 100 instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) é de que o PIB de 2022 crescerá somente 0,42%. Como pode acontecer isto, em função da grande redução da taxa de desemprego? Há mais trabalho na economia, mas com os rendimentos em queda. Isto porque a grande maioria do emprego gerado está sendo de trabalhadores informais, muitos dos quais não têm sua renda captada pelo PIB, ou, se têm, a remuneração é muito baixa. A taxa de informalidade na citada pesquisa foi de 40,7%, com 38,211 milhões de trablhadores atuando sem carteira.

A população ocupada até outubro deste ano alcançou 94 milhões de pessoas, o que está bem perto do período anterior à pandemia do covid-19, de 94,7 milhões de cidadãos (iniciada em março de 2020 e ainda não terminada). Na próxima continuidade da pesquisa referida (dados de novembro), muito provavelmente o emprego ultrapassará o período de pré-pandemia.

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