O RISCO ÔMICRON

Na bolsa de Nova York, os preços do petróleo desabaram ontem, perante o avanço da variante ômicron do coronavírus, na Europa e nos Estados Unidos. Despertando o receio dos investidores de que novas medidas restritivas possam ser adotadas, prejudicando a demanda por combustíveis. O petróleo do tipo Brent recuou dois dólares, ou seja, 2,7%, fechando em US$71.52 o barril. Já o petróleo dos Estados Unidos, tipo WTI recuou 2,63 dólares, ou seja, 3,7%, cotado a US$69.23 o barril. São os menores valores do barril desde o início de dezembro. A Holanda entrou anteontem em lockdown e se esperam restrições no Natal e no Ano Novo nos países europeus.

Por sua vez a bolsa de valores brasileira caiu 2%, fechando o pregão em 105.020 pontos. O dólar subiu para R$5,74, o maior valor desde 30 de março.

No relatório semanal Focus do Banco Central a maioria das projeções das medianas das instituições financeiras revela que o mercado financeiro continua vendo inflação acima da meta de inflação pelo segundo ano seguido. Quase o dobro do que o que foi projetado pelo Conselho Monetário Nacional.

Cerca de uma centena de instituições financeiras estimam a inflação deste ano em 10,04%. Há um mês a previsão era de 10,12% para a inflação. Se confirmada a previsão seria a primeira vez, desde 2015, quando a inflação fechou o ano em 10,67%. Quando o Banco Central não cumpre a meta inflacionária tem que explicar-se perante o Ministério da Economia. Este está prevendo 4,7% de inflação em 2022 e 3,2% em 2023.   

Por seu turno a previsão de mercado do relatório Focus é de evolução do PIB, de 4,65% para 4,58% neste ano. No início do ano a estimativa era superior a 5% de incremento do PIB em 2021.