VAREJO NO NATAL E PERSPECTIVA PARA 2022

Uma das maiores empresas de cartões de crédito e de débito do Brasil, a CIELO, criou o Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA), que mediu as vendas no varejo neste Natal, durante os dias 19 a 25 de dezembro, concluiU que elas melhoraram 11,1%, em relação ao mesmo período do ano passado. O incremento foi impulsionado pelas vendas on line, que avançou 38,6%, enquanto nas lojas físicas a elevação fora de 8,8%. O segundo maior momento de vendas deste ano foi o black friday, quando as vendas foram impulsionadas 6,8%, conforme a CIELO, em relação ao 2020, mas caíram 3,8%, em comparação com 2019.

Segundo o seu diretor de inteligência, Pedro Luppi, divulgado nos grandes jornais, o faturamento virtual do Natal se deveu principalmente pelos segmentos de turismo e transportes. Sem eles dois, o faturamento no referido varejo seria de 23,2%. O ICVA foi calculado perante 1,2 milhão de vendedores varejistas credenciados pela empresa, referentes a 18 segmentos produtivos.

Por seu turno, a Fundação Getúlio Vargas informou perante os mercados, que o índice de Confiança da Indústria caiu dois pontos em dezembro, para 100,1 pontos, em relação a novembro, que fora 104,2 pontos, sendo a quinta queda seguida, acumulando retração de 14,8 pontos em 2021, quando fora de 114,9 pontos em dezembro de 2020, conforme a Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pelo cálculo do indicador, divulgado tradicionalmente.  

A quinta queda seguida tem a ver com as pressões nos custos da indústria, que tem sido pressionada durante todo ano pela escassez de insumos e incerteza elevada do futuro, desemprego alto e inflação ultrapassando a casa de dois dígitos, segundo a FGV, o que tem feito os empresários industriais a serem mais cautelosos, para 2022.

A pesquisa foi realizada com 1.051 empresas, entre os dias 1º a 22 de dezembro, conforme a sua Sondagem Industrial.

Em face do exposto, poderia se supor que os dados da CIELO e da FGV são contraditórios. Entretanto não são, visto que os da CIELO foram relativos a momentos de boom das vendas de varejo e a percepção industrial está diretamente relacionada com a perspectiva de futuro, cujo pessimismo de mercado revela que a mediana das expectativas das instituições financeiras tem caído semanalmente, que foram auscultadas pelo Banco Central, retraindo da semana passada para esta, de 0,50% para 0,42% de incremento do PIB para 2022.

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