EXISTE FALTA DE CONCORRÊNCIA


O monopólio da Petrobras existe desde 1953. O monopólio, como se sabe, é um só, vendedor. No caso da petroleira, dá-se na venda de combustíveis, para os distribuidores e estes para os postos de gasolina e outros usuários. Até hoje intacto. Já a exploração do petróleo, que era monopsônio, não existe desde o governo de Fernando Henrique Cardoso, quando começaram os leilões da imensa rede de  poços, tanto na região mediterrânea como na litorânea. Porém, o petróleo era entregue na Petrobras para refino. Então a estatal tinha a ditadura de preços. Preços estes que eram manipulados, como aconteceram no governo de Dilma Rousseff. Mas, que deixaram de sê-los, a partir do governo de Michel Temer, que passou a adotar uma política de venda dos combustíveis, conforme a cotação internacional do preço do barril de petróleo ao nível internacional.

Neste ano, a Petrobras fez para as distribuidoras de combustíveis mais de 12 aumentos, acumulando uma alta da gasolina, por exemplo, de 68,8%. Ao contrário do que pensa o consumidor, atochado por esse mundo de preços e pela perda vertiginosa do seu poder de compra, os reajustes pesaram um pouco menos, mas ainda de forma salgada, somando 49,2%. Isto para uma inflação em doze meses de 10,75%.

Claro, isso se deu pela falta de concorrência. Mas, a Petrobras vendeu a refinaria de Mataripe, no Estado da Bahia, para a empresa árabe Acelen. Esta está começando os refinos de cerca de 30 matérias primas e declarou à imprensa: “A política comercial da Acelen é de ser competitiva, amparada em critérios técnicos e transparentes. Observamos as oscilações naturais de mercado, permitindo aos nossos clientes terem visibilidade e previsibilidade de preços”.

Portanto, a Acelen declarou que vai ter preço competitivo. O que se lê aí é que ela puxará preços para baixo e não para cima como faz o monopólio. Nada como ter concorrência para acabar com os abusos de manipulação de preços. É o que esperam os consumidores.

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