CHOQUE DE JUROS
Em sua última reunião anual, que começou ontem e termina hoje, o Comitê de Política Econômica do Banco Central deverá anunciar no final do dia, o que antecipou na reunião anterior, uma elevação da taxa básica de juros, a SELIC, em 1,5%, indo para 9,25% anuais. Mesmo assim, a inflação está bem acima disto, próxima de 11%, nos últimos doze meses. No caso de ser confirmada no final da tarde, a mudança fará com que o rendimento da caderneta de poupança retorne a ser calculado, conforme regra anterior. Ou seja, rendimento de 0,5% ao mês mais TR. Como a TR está em zero há muito tempo, o rendimento anual, capitalizado, voltará a ser de 6,17% anuais. A regra atual é de que, se o rendimento da caderneta seja de 70% do que rende o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), em vigor há quase dez anos. A regra anterior é melhor para o poupador do que a em vigor. Porém, em ambos os casos, o poupador perde feio da taxa inflacionária.
Há alguns anos atrás a inflação esteve muito baixa, para o Banco Central reduzir a SELIC ao menor nível histórico de 2% anuais. Com isso, aqueles aplicadores de dinheiro em renda fixa perderam bastante dinheiro aplicado, mediante SELIC tão baixa. Mas a inflação foi subindo de 2%, 3%, 4%, até chegar hoje a 10,75% anuais, em doze meses. O Banco Central então vem a um ano promovendo choque de juros, para ver se doma a inflação.
O fato é que a inflação alta, indo os juros básicos em mesma direção, para combatê-la, tem fortes efeitos negativos no nível de atividade econômica. Tem levado o País de crescimento para a estagnação, e no momento, o País vive em recessão técnica. Ou seja, dois trimestres de resultado negativos. Mas, os resultados foram bem pequenos nos trimestres em referência. Provavelmente, as reformas em curso, que poderão ser imediatizadas, deverão trazer o Brasil ao circulo virtuoso de crescimento econômico.
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