17/01/2020 - PRÉVIA DO PIB PELO BC




O Banco Central (BC) vem calculando mês a mês a prévia do PIB, o chamado indicador IBC-Br. O resultado do PIB é apresentado trimestralmente pelo IBGE. O BC surpreendeu o mercado financeiro, indicando que, após avançar 0,09%, em outubro, a economia nacional obteve novo resultado positivo em novembro, subindo o IBC-Br 0,18%, perante outubro, na série com ajuste sazonal, na quarta elevação mensal consecutiva. Dessa maneira, a previsão do BC para o crescimento econômico de 2019 passou a 1,2%. Os referidos 0,18% e 1,2% surpreenderam mesmo com a revisão para baixo de dados anteriores. As estatísticas conhecidas dos setores primário, secundário e terciário não demonstraram a consistência do crescimento de quatro meses seguidos, conforme o IBC-Br.

Na contramão vêm as previsões da Organização das Nações Unidas (ONU) de que a recuperação da economia deverá ganhar pequeno fôlego neste ano, em relatório sobre a perspectiva de crescimento global, exposto também ontem. A ONU prevê expansão de 1,7% do PIB em 2020, enquanto estima que o crescimento de 2019 fora de 1%. Mesmo considerando as melhoras nas perspectivas, as previsões da ONU são das mais pessimistas para o Brasil.

A pesquisa do Índice de Confiança do Comércio atingiu em janeiro deste ano 126,6 pontos, em uma variação de zero a 200. É o maior patamar para um mês de janeiro desde 2013. O resultado é 2% superior ao observado em dezembro próximo e 4,7% superior ao de janeiro de 2019.

O fato concreto é que o mercado financeiro vê como lentas as evoluções das reformas administrativa, tributária, microeconômica e das privatizações, além de marcos econômicos legais.


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