13/01/2020 - INFLAÇÃO ACELEROU NO FINAL DO ANO




O IBGE divulgou que a inflação de 2019 acelerou no final do ano e fechou em 4,31%, acima do centro da meta da inflação, fixado pelo Conselho Monetário Nacional em 4,25%. Foi a primeira vez, desde 2016, que o indicador ultrapassou o centro da meta. Em 2017 o IPCA ficou em 2,95%. Em 2018, em 3,75%. A grande pressão na inflação em dezembro veio das carnes, que tiveram alta média de 18,06% no mês, acumulando em 2019, em 32,40%. A elevação no preço da carne bovina influenciou o aumento do frango inteiro, de pescados e alimentação fora de casa. Outros alimentos tiveram forte alta, tal como o feijão carioca (23,35%) e o tomate (21,69%). Pesou também na inflação do ano passado a alta de 8,24% nos planos de saúde. Assim, o grupo alimentação avançou 1,04%, a maior alta em 17 anos. Se fossem retirados os efeitos das carnes, a inflação teria sido de 3,54% no ano e de 0,64% em dezembro.

O IPCA para a população de baixa renda ficou ainda maior, em 4,48%, em relação ao IPCA total. A inflação dos aluguéis, medida pelo IGP-M fechou o ano em 7,7%.

Perante a alta taxa de inflação dos últimos anos, acabou o espaço para redução da taxa SELIC, que poderá ficar em 4,5%, em 2020. Como a economia brasileira ainda não deslanchou, quando haveria uma maior pressão nos preços é bem provável que a elevação inflacionária irá se dissipar.

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