26/01/2020 - GATILHO PRESTES A DISPARAR




Uma das críticas à atual condução do País é muito lida, ouvida e procura mostrar sua mágoa pela oposição recebida. Trata-se de Miriam Leitão, colunista de jornal e de canais de televisão da rede Globo. Ontem, em sua coluna: “Longo caminho na volta do emprego”, ela assim se refere: “É uma melhora passo a passo, lenta demais em relação ao necessário. O País ainda tem 1,7 milhão de vagas formais a menos do que tinha em 2014, antes da economia cair na crise provocada pela desastrada condução da política econômica do governo Dilma. Se o ritmo de 2019 for mantido, somente em 2022 tudo será recuperado. Felizmente, a expectativa é de um crescimento maior do PIB este ano, o que deve se refletir também em um aumento das contratações... Há, no entanto, boas notícias. Houve criação de empregos em todas as cinco regiões do País e em todos os 26 Estados e no Distrito Federal. A construção civil teve um forte aumento de vagas, de 17 mil para 71 mil, confirmando que o setor, de fato, está se recuperando, depois de muitos anos de contração. A indústria de transformação também conseguiu contratar mais, de 2 mil para 18 mil, apesar de ter vivido um ano de 2019 com altos e baixos em termos de crescimento. O comércio acelerou de 102 mil para 145 mil. Os serviços, por sua vez, contrataram menos que em 2018”.

Admite a colunista citada que a situação econômica “é uma melhora passo a passo, lenta demais em relação ao necessário”. Ora, as dificuldades de realizar as reformas estruturantes têm sido muito grandes no Congresso. Há um projeto de reforma tributária na Câmara, outro no Senado e, o governo central, quer enviar outro, consolidando os dois em curso. A reforma administrativa é complicada, visto que pretende reduzir o tamanho do Estado. Ela já começou pela digitalização em seus órgãos, o que a Folha critica hoje “mas trava em serviços básicos à população”. Isto está a mostrar que os empregos formais terão de vir principalmente do setor privado.

Enfim, existe uma série de movimentos que levam avante a retomada do crescimento sem ainda a aprovação das reformas, tais como os leilões de concessões, as privatizações e as obras de infraestrutura. O fato é que o gatilho está prestes a disparar, traduzindo-se em crescimento mais robusto.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DÉFICIT PRIMÁRIO OU SUPERAVIT PRIMÁRIO?

OITAVO FÓRUM FISCAL ÁRABE EM DUBAI

BANCO ITAÚ MELHOR PERFORMANCE