19/01/2020 - ACORDO COMERCIAL DOS EUA COM A CHINA




Os Estados Unidos e a China assinaram no dia 15 o primeiro acordo para reduzir a guerra comercial iniciada há dois anos, tendo como iniciativa os Estados Unidos, alegando que estava defendendo os interesses dos empresários americanos, principalmente aqueles do agronegócio e do uso das patentes ligadas às gerações de inteligência artificial. Dessa maneira, os EUA elevaram as taxas das suas importações. Em seguida foi a China que também fez isso. A principal consequência se deu na redução do fluxo do comercial mundial. Claro, isso afetou bastante o Brasil, que viu suas correntes de comércio internacional diminuir no ano passado.

A chamada fase 1 de um acordo que coloca fim a uma guerra comercial por quase dois anos. Os EUA provocaram uma escalada de tarifas a US$360 bilhões de produtos chineses e respostas dos chineses a valores também expressivos das exportações americanas. Consoante o acordo, os chineses aceitaram elevar a compra de bens e serviços americanos, principalmente de produtos do agronegócio, além de avançar na proteção de tecnologia. Já os Estados Unidos vão suavizar as tarifas impostas nos últimos meses. Porém, manter parte das sobretaxas, ameaçando punições no caso dos chineses descumprirem o acordado. Decorrido mais algum tempo, a chamada fase 2 do acordo seria a retirada das sobretaxas em referência. A trégua com a China está a menos de 11 meses da eleição presidencial, em que Donald Trump é candidato à reeleição. O setor agrícola do Meio Oeste dos EUA é o eleitorado mais importante para Trump, que vem sofrendo com as retaliações chinesas.

As implicações para o Brasil vão ser afetações nas exportações principalmente de soja, cujas vendas são de 80% para os chineses. Entretanto, todas as demais commodities para vendas à China serão afetadas, tais como as de carnes e minério de ferro.

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