14/01/2020 - EXPORTAÇÕES DO AGRONEGÓCIO
A balança comercial é composta de exportações menos
importações. As exportações brasileiras de commodities corresponderam, na
década de 2010, quase à metade do valor das exportações totais, sendo a outra
metade de semimanufaturados e de manufaturados. Em dez anos somaram por volta
de US$1 trilhão (US$931 bilhões). No ano passado, as exportações do agronegócio
tiveram participação menor do que a média dos últimos cinco anos, devido à
guerra comercial entre Estados Unidos e China, mas mesmo assim alcançaram 43,2%,
no valor de US$96,8 bilhões. Na verdade, a aceleração dos preços das carnes no
final do ano, devido as carnes serem bens inelásticos reduziram-se as receitas
totais. Nos últimos anos as commodities representaram 46,2% do total exportado.
A média das exportações de commodities em dez anos alcançou US$93 bilhões. Na
década anterior a média fora de US$43 bilhões anuais. Referido salto das
commodities se deve ao aumento de produtividade. Assim, a balança comercial
brasileira tem sido positiva basicamente neste século.
A principal commodity vendida foi a soja, cujo valor de
vendas chegou em 2019 a US$36 bilhões. Segui-lhe as carnes, celulose, milho, produtos
lácteos, açúcar e café dentre outras matérias primas.
O agronegócio vem ganhando também avanço na produtividade. Em
2010, a produção rural era de 4.311 quilos por hectare. Em 2019, 5.718 quilos
por hectare.
O rápido exame aqui de cada assunto econômico do dia permite
concluir que as exportações brasileiras do agronegócio seguem fortes. Porém, o
Brasil continua concentrando as suas exportações de commodities e isso em
detrimento das exportações de maior valor agregado. A indústria brasileira é
pouco competitiva internacionalmente. Por isso mesmo o País fica na faixa de país
de renda média, entre US$6 mil a US$16 mil, o que não o permite classificar
como país desenvolvido. E, sim, de país emergente.
Comentários
Postar um comentário