21/01/2020 - PRIMEIRO DIA EM DAVOS




No instante em que completa cinquenta anos de reunião do Fórum Econômico Mundial saiu a primeira enquete de peso. Em dois anos, os presidentes executivos de empresas globais saíram do cume de expectativas positivas para o recorde de descrença na economia global. Em dois anos, percentual de executivos que acreditavam em bom desempenho e passaram a descrer de que a economia continuará subindo, de 5% para 53%, conforme a consultoria PwC, tradicional e mundial pesquisadora, feita com 1.581 dirigentes empresariais de 83 países. Em dois anos, a elite empresarial de Davos saiu de um recorde de otimismo para um recorde de pessimismo. A China está na área de otimistas e os Estados Unidos de pessimistas. A estimativa da consultoria é de que a economia mundial deverá crescer em 2020 cerca de 2,4%, ante previsão anterior de 3,3% do FMI. Note-se que 2,4% são também o esperado pelo governo brasileiro para o País e 2,2% é a estimativa, que subiu, do FMI para o Brasil. A razão da elite empresarial TR assim se postado, está no crescimento dos conflitos comerciais, que não tinham eclodido com força em 2018, entre as duas maiores potências econômicas. No ano de 2018 a razão para o pé no freio se devia à regulação dos governos aos mercados, posição de 2017. O resultado da pesquisa tem quase sempre um ano defasado. Provavelmente, após os acordos comerciais entre EUA e China poderão ser revertidos os cenários futuros, visto que não há nenhuma bolha do aparelho produtivo a estourar.

O discurso do Ministro da Economia, Paulo Guedes, provocou recorde de alta na bolsa de valores ontem, aproximadamente a 118,8 pontos. O recorde anterior fora em 2 de janeiro, vinte dias após. Para o banco suíço UBS bolsa de valores brasileira está ficando cara, mas acredita que há espaço para crescer, visto que a taxa básica de juros está muito baixa e há no mercado quem preveja que ela cairá de 4,50% para 4,25% na próxima reunião do Banco Central. Porém, grande número de analistas financeiros acredita que ela ficará estável por todo o ano de 2020. Por seu turno, o dólar continuou avançando e chegou perto de R$4,19, quando está muito perto do recorde do mercado cambial, que alcançou R$4,22. Paulo Guedes em sua fala referida, de Davos destacou que os juros baixos e o dólar alto serão o “normal” da economia. Recorde-se aqui que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, quando o dólar chegou a R$4,22 disse que ele estava “disfuncional”.

Que os juros permanecerão baixos há muitos indicativos para isso e o principal é a inflação projetada pelo mercado de 3,6% para este ano. Porém, o dólar está alto porque ainda há saída maior que entrada de dólares. Poderá isto ser revertido com os leilões de privatização. Mas, não tanto.

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