25/01/2020 - VOLTA CONSISTENTE DO EMPREGO




O nível de emprego de trabalho formal, isto é, trabalho com carteira assinada, nesta década, teve geração de emprego de 2010 a 2014, quando a taxa de desemprego caiu para 6%. Porém, no segundo trimestre de 2014, até o mês de dezembro de 2016, iniciou-se profunda recessão, a taxa de desemprego formal chegou a 13%, mais do que dobrou. Hoje está em 11,9%. Em 2017, a economia saiu do fundo do poço, mas ficou sendo difícil gerar mais empregos, devido aos fortes desequilíbrios econômicos de erros cometidos principalmente na gestão de Dilma Rousseff, que legou ao País déficits primários, que ocorreram desde 2014 até agora. Em 2019 houve o melhor desempenho da geração de emprego em seis anos.

Cerca de duas décadas se passaram, onde se onde pegar o fio da meada. No governo de Lula, acontecido de 2003 a 2010, o País ingressou em longo ciclo econômico, destacando-se a geração de produto, emprego e renda. A taxa média do crescimento foi de 4% ao ano, sendo que em 2010, o PIB cresceu 7,5% e foram gerados 2,543 milhões de empregos formais somente naquele ano. O projeto de Lula era dele retornar ao poder, completando um ciclo de 20 anos (8 dele, 4 de Dilma e mais 8 dele). Ainda que Lula tivesse crescido os gastos do governo acima do incremento do PIB e elevado o número de empresas estatais, a economia brasileira crescia com forte impulso do crédito, do consumo e do investimento, além do boom das commodities da década passada. A gestão da economia era dominada pela boa administração do Banco Central, na condução das políticas clássicas monetária e cambial. Existiam o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tocando milhares de obras e o Programa Minha Casa Minha Vida (ainda existe), para moradias de baixa renda. O esquema de corrupção estava prestes a ser julgado, o chamado “mensalão”, o que ocorreu em 2012, desnudando a compra de voto no Congresso, para o PT comandar o País. Em 2011, Dilma assumiu e realizou uma série de erros econômicos, sendo o maior o de baixar os juros básicos (a SELIC), quando a inflação estava se elevando, por longo tempo, tendo que voltar a fazer o contrário, depois de ver o enorme erro cometido. Mesmo assim, o emprego cresceu em 2011, mais 1,945 milhões; em 2012, mais 1,302 milhões; em 2013, mais 1,118 milhões; em 2014, mais 397 milhões. O esquema de corrupção continuava e fora desnudado a partir da operação Lava Jato (2014 e que continua), desbaratando os principais focos no PAC. Os desvios foram tantos, que Dilma foi investigada e depois afastada do poder. Em síntese, o País voltou ao déficit primário, depois de 16 anos, quando se iniciou forte recessão, ainda no segundo trimestre de 2014. A geração líquida negativa de emprego começou em 2015, em 1,515 milhões; em 2016, em 1,322 milhões. O longo ciclo recessivo de 11 trimestres ou 33 meses, deixou a economia muito debilitada. Os pontos de estrangulamento estavam em muitos segmentos produtivos. A reanimação somente poderia ser dada pelas reformas econômicas estruturantes. O governo de Michel Temer (metade de 2016, 2017, 2018), retirou a economia da recessão, mas a colocou em pífio crescimento. O emprego formal cresceu em 2017, mais 21 milhões; em 2018, mais 530 milhões. Foram realizadas somente duas reformas estruturais, a do teto dos gastos e a trabalhista. O governo de Jair somente realizou a reforma da Previdência, em um ano. Mas, o emprego reagiu em 2019, criando-se 644 mil vagas formais, sendo o maior crescimento em seis anos. La nave và.

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