20/01/2020 - PESO DA DESIGUALDADE MUNDIAL
A todo final do mês de janeiro acontece há cinquenta anos, o
encontro dos líderes do capitalismo mundial, em Davos, na Suíça, chamado de
Fórum Econômico Mundial, quando é demonstrado o ciclo virtuoso da riqueza, vis-à-vis,
o ciclo vicioso da pobreza. Ou, na linguagem tautológica, os ricos ficam mais
ricos; os pobres ficam mais pobres. Nos debates no clube dos ricos, visto que
os representantes mais luminosos são grandes capitalistas e grandes dirigentes
do capitalismo internacional, a principal constatação é o peso da desigualdade
mundial. O mais novo relatório da Organização Não Governamental (ONG) Oxfam,
que antecede a reunião da semana entrante, informa que em dez anos, 1% dos
bilionários da população global mais do que dobrou, sendo hoje por volta 2.153
deles, tendo atualmente mais patrimônio do que 60% da população mundial. A ONG Oxfam
procura dar visibilidade aos excluídos e pobres, visto que existe no citado
Fórum o desfile dos mais ricos e de suas propostas. Claro, tornaram-se temas de
debates não somente a riqueza, como diminuir a pobreza, proteger o meio
ambiente, preservar a biodiversidade, outros temas relevantes. Neste ano, o
tema é a sustentabilidade. O slogan é: como tornar o mundo melhor?
No Brasil não é diferente o peso da concentração de renda
regional. Assim, “São Paulo está crescendo num ritmo que é o dobro da taxa
brasileira e criou 40% dos empregos formais do ano passado, segundo o
secretário da Fazenda do Estado, Henrique Meirelles... Meirelles disse que a
projeção para o crescimento fechado do ano passado é de 2,6% no Estado e em
2020 será entre 3% a 3,5%... Segundo ele, os setores de serviços, comércio e
indústria estão crescendo forte, principalmente mais intensivo em mão de obra
como construção civil” (Coluna de Miriam Leitão no jornal O Globo do dia 16
passado). No caso brasileiro, a projeção do governo é de que pode ter crescido
em 2019: 1,12% e, em 2020, poderá crescer mais do que o dobro: 2,4%.
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