23/01/2020 - FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS




Cada Estado da União Nacional possui sua federação da indústria. A maior delas é a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Data dos anos de 1930, quando a FIESP propugnou a Getúlio Vargas o processo de substituição das importações via produção industrial interna. Isto é, da herança colonial, de uma indústria proibida no Brasil, em 1703, pelo Tratado de Methuen, ao atraso tecnológico, o desenvolvimento industrial se daria via indústria protegida, mediante barreira às importações, incentivos fiscais às exportações e divisas nacionais sendo dirigidas às compras de máquinas e equipamentos industriais. Lógico, se a economia nacional já vinha concentrando riquezas na região Sudeste, isto foi turbinado, para que hoje aquela região seja a mais forte do País, a que mais cresce como continua acontecendo nesta década, com crescimento quase o dobro do País, conforme se registrou aqui, na entrevista citada por Henrique Meirelles, por estes dias.

A FIESP vem dando apoio explícito ao presidente Jair Bolsonaro, tendo em vista ele estar conduzindo as reivindicações daquela entidade, relativas às reformas econômicas estruturais e a política econômica liberal. Nas palavras de Paulo Skaf, presidente da FIESP: “Apoiamos o governo Bolsonaro? Sim. Ele promove a agenda econômica que sempre defendemos, de controle dos gastos públicos, reformas estruturais, redução os juros, desburocratização. Bolsonaro colocou o País no rumo certo e tem dado demonstrações concretas de estar comprometido com o crescimento e geração de empregos” (em artigo de hoje, na Folha de São Paulo, de Paulo Skaf: “Muito prazer, somos a FIESP”. Michel Temer também já veio conduzindo a agenda defendida pela FIESP, na medida em que realizou a reforma trabalhista e fixou a lei do teto dos gastos.

A FIESP tem 6.000 empresas associadas. Compõem-se de FIESP, CIESP, SESI, SENAI, IRS. Realiza cerca de 1.500 cursos e é uma referência de organização empresarial, onde defende os interesses dos industriais paulistas. No entanto, a FIESP não coloca claramente que muitos segmentos das indústrias estão atrasados, tecnologicamente, por isso mesmo, sem ter condições de competitividade, além de vir reduzindo a sua participação relativa no PIB nacional, estando com capacidade ociosa de 22% do parque industrial, conforme a CNI.

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