28/01/2020 - EFEITOS ECONÔMICOS DE EPIDEMIA
A mais recente epidemia é do coronavírus, novo vírus causador
de pneumonia, que está matando no mundo, rapidamente, mas, muito mais na China,
onde teve origem, em escala crescente global, tendo efeitos econômicos
imediatos de reduzir a produção, o nível de emprego, a renda, o turismo e as
expectativas internacionais. Na esteira de estimativas pessimistas, a agência
de risco S & P estimou que o PIB chinês poderia ter redução de 10% no
consumo das famílias, recuando o PIB de lá cerca de 1,2%, neste ano. Ora, para
quem vem crescendo acima de 6% anuais, o simples fato dessa avaliação tornou as
forças econômicas mundiais pessimistas e de previsões catastróficas.
Em Nova York, os índices da bolsa fecharam em queda. O Dow
Jones e o S & P 500 cederam 1,6%. Os indicadores da bolsa de Paris e de
Frankfurt caíram por volta de 2,5%. O IBOVESPA recuou 3,3%. É quase sempre
assim: as bolsas mais fracas caem mais do que as mais fortes. Ainda serão
conhecidos os efeitos das bolsas asiáticas, principalmente os da China e o do
Japão. A China está em pânico e se trata da maior economia do mundo, que,
desacelerando, ou ingressando em recessão, será este último um fato o que não
ocorre desde 1979, quando se deu a sua abertura comercial.
Cálculos da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelaram que
a epidemia já matou em torno de 106 pessoas e infectou 2.700 em quatro
continentes. Isto de forma rápida. A OMS reclassificou o alerta global de
moderado para elevado.
O centro da crise vem do município de Wahun, importante
centro industrial chinês, onde se localiza um polo de carros elétricos mundiais,
onde também o prefeito revelou que tinha escondido os efeitos negativos do
coronavírus, antes de serem tomadas medidas de confinamento. Assim, o turismo
está fortemente afetado na Ásia e pelo mundo são tomados os cuidados de saúde,
a começar com colocar os aparelhos eletrônicos, próximos das pessoas, que
detectam se aqueles que chegam têm febre ou outro indício de doenças.
No Brasil o dólar bateu o seu recorde de R$4,22, subindo para
R$4,23. A bolsa de São Paulo, a B3, voltou a 114 mil pontos. O barril do
petróleo caiu de cerca de US$68.44, em 30 de dezembro, para US$58.91, ontem.
Os rumores de surto de pneumonia surgiram na OMS no final do
ano passado. Desde então o alarmismo tem tomado conta. Morre o primeiro cidadão
chinês no dia 9 deste mês e de lá então dezenas de casos registrados se
espalharam pelo mundo.
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