30/03/2019 - PREVISÕES NOVAS E RETROAGINDO




Pesquisa trimestral do Banco Central (BC) retroagiu a previsão do PIB, de 2019, para 2%, em relação à previsão feita em 2018, para este ano, que era de 3%. O último relatório, de outubro a dezembro, já continha uma redução para 2,4%. É de considera-se bem a estimativa da autoridade monetária, visto que acompanha diariamente o meio circulante e suas perspectivas. Para o BC os motivos se devem à fraqueza em que vem ocorrendo na atividade econômica, pela estimativa menor da atividade agropecuária, estar negativa a produção industrial do início deste ano, o comércio e os serviços gerando poucos empregos, além de o novo governo estar diminuindo os investimentos em infraestrutura, em relação ao esperado, conforme declarou o presidente da Câmara de Deputados, César Maia, em rusga desta semana com o presidente da República, Jair Bolsonaro. O boletim Focus, estimativa semanal do BC, já vem trazendo uma redução da expectativa de mercado de 3%, do início do ano para 2,2%.

O grupo de Conjuntura Econômica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), órgão fundado em 1967, para nortear as políticas públicas, reduziu a perspectiva do aumento do PIB de 2,7%, feita no ano passado, para 2% neste ano. Para 2020, o IPEA projeta 3% para o PIB. Referida estimativa levou em consideração a aprovação da reforma da Previdência Social. No caso desta não ser aprovada, o IPEA informa que a economia poderá voltar a ingressar em novo ciclo de recessão, sem perspectiva de retorno ao bom nível de crescimento, visto que a Previdência já consome hoje cerca de 60% do orçamento público, além disso, existiria o déficit primário, sem previsão de ser elidido.  Assim será instalado o caos.




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