21/03/2019 - MORTALIDADE DE EMPRESAS NO BRASIL




Uma prévia do indicador de mortalidade no Brasil foi divulgada ontem, baseada no Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (SEBRAE), conjuntamente com a Fundação Getúlio Vagas (FGV), acerca de pesquisa realizada em 2018, cujo formato que vem sendo realizado de 2 em 2 anos, revelando que 1 empresa perece em cada 3 que são criadas no período de análise. Em estudo mais amplo, o IBGE calculou para 10 anos, de 2005 a 2014, que a cada 10 empresas, 6 pereceram. Estes dados foram anteriores à grande recessão de 2014 a 2016. Carece-se da publicação de dados mais novos. Por seu turno, o SEBRAE tem feito campanha para legalizar Microempreendedores Individuais (MEI), desde pelo menos 2008. Para ele, tanto é bom para o MEI, que passa a ter CNPJ e poder emitir nota fiscal, quanto para a Receita Federal, que passa a receber tributos. Assim, o SEBRAE afirma que: “Entre 2010 e 2014, a taxa de sobrevivência de empresas com até dois anos, passou de 54% para 77%. Em boa parte, essa melhora se deveu à ampliação do número de Microempreendedores Individuais (MEI). Quando os MEI são excluídos da análise, a taxa de sobrevivência cresceu apenas 4 pontos percentuais, passando de 54% para 58%. O MEI causa um impacto positivo no cálculo da taxa de sobrevivência das empresas porque, além da taxa desse segmento ser mais alta, a sua participação no total dos empreendimentos passou de 0% para 63% do total das empresas criadas, entre 2008 e 2012”. Dessa forma, prevalece a luta pela legalidade.

A questão que se coloca atualmente não é uma só são várias para a mortalidade dos pequenos negócios. Para o SEBRAE: “uma combinação de fatores em quatro grandes áreas: a situação do empresário antes da abertura, o planejamento dos negócios, a capacitação em gestão empresarial e gestão de negócio em si”. Em outras palavras realistas: pequeno empresário não é capitalizado, dificilmente fez ou faz pesquisa de mercado, nem sempre tem capacidade empresarial e nem sempre sabe administrar um fluxo de caixa, sendo este último que pode ser a síntese, que é gerenciar um projeto. Dito de forma definitiva, um fluxo de caixa é um resumo do projeto.

As micro e pequenas empresas são cerca de 90% do total de firmas do País, responsável por 60% do emprego formal do Brasil e são mais de 9 milhões de unidades, segundo o SEBRAE. 

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