04/03/2019 - ESBANJANDO COMIDA




O Brasil está entre os dez países que mais concentram renda. Segundo o Banco Mundial a linha superior que delimita a pobreza é de um ganho diário de US$5.50. Em 2017, existiam 55 milhões de pobres, sendo que 15 milhões estavam em miséria absoluta. É muito complexo definir esta categoria. Mas se trata de uma situação de penúria, em que as pessoas passam fome e não têm as mínimas necessidades de serem satisfeitas. Diz-se que vivem de teimosos. O Programa Bolsa Família já chegou a atender 14 milhões de famílias. Considerando 3 pessoas por família, ter-se-ia 42 milhões de pobres. Hoje está mais em direção de 13 milhões. Perto de 40 milhões.

Estudo revelado pela Fundação Getúlio Vargas sobre alimentação indicou que cada brasileiro médio joga 40 quilos de comida no lixo por ano. Como pode ser isso, se milhões passam fome? Claro, quem desperdiça mais são os ricos e aqueles que não têm consciência do que é feito. Mas, no geral, muitos desperdiçam também por não terem educação doméstica e por não conhecerem nem a situação dos brasileiros em geral. Cálculos da FGV indicam que os referidos 40 quilos por pessoa daria para alimentar 13 milhões de outros brasileiros, que sobrevivem de estômago quase vazio, entre cerca de 32 milhões de famélicos. Em outras palavras, a FGV informa que há três principais razões para o desperdício: a cultura de que “é melhor ter que sobrar do que faltar”; a fartura nas compras de supermercado; a preferência por comida comprada no mesmo dia de alimentar-se.

As famílias que desperdiçam menos são aquelas que fazem comprar menores e reutilizam as sobras das refeições. Foram consultadas 1.764 pessoas, sendo o que mais se joga no lixo, pela ordem é arroz, feijão, carne bovina e frango.

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