05/03/2019 - CONTRADIÇÕES QUE GERAM DESCONFIANÇAS




Sabe-se que Jair Bolsonaro montou uma equipe de 22 ministérios e 2 ministros sendo considerado superministros. Paulo Guedes, Ministro da Economia, resultado da fusão de três ministérios e, Sérgio Moro, para chefiar o Ministério da Justiça, que se fundiu com o Ministério da Segurança Pública. Paulo Guedes, liberal por Chicago. Sérgio Moro, celebrizando-se nos julgamentos da Operação Lava Jato.

Em 66 dias de governo, o presidente e Guedes conseguiram encaminhar ao Congresso a Proposta de Emenda Constitucional da Previdência, tendo-se referido a pelo menos nove outras reformas, como a tributária, a das privatizações das empresas estatais, o corte de subsídios, de incentivos, o corte dos gastos do governo, a das questões microeconômicas, a de melhoria geral dos negócios, a da desburocratização, a de maior abertura externa da economia, mas estas nove vêm andando a passos de cágado. O mercado vem dando um crédito de confiança ao governo federal. Porém, este tem prazo de pelo menos 100 dias, como é praxe acreditar-se em governos que começam. O mercado projetou 2,5% de crescimento para 2019, conforme levantamento do Banco Central. Porém, o Banco Itaú-Unibanco já reduziu para 2% neste ano. Como deputado federal o presidente passou 28 anos e era considerado do baixo clero, daqueles que participavam pouco dos projetos. O fato é que precisa desencantar, principalmente porque a economia cresceu 1% em 2017 e 1,1% em 2018, sendo o seu maior desafio. A sua popularidade está alta, até maior do que quando começou a sua gestão. Entretanto, os agentes econômicos estão com pouca paciência, sem contar que ele tem usado as redes sociais e se rivalizando com os grandes grupos de mídia, cortando publicidade privilegiada que eles tinham.

Já o caso de Sérgio Moro, em artigo do dia 3 deste mês, “Caindo do pedestal”, Eliane Catanhêde se refere: “A semana passada foi outra surreal. O presidente Jair Bolsonaro elogiou o ditador sanguinário, corrupto e pedófilo Alfredo Stroessner, o ministro Vélez Rodriguez trocou a ‘escola daquele partido’ pela ‘escola deste partido’, o motorista Fabrício Queiroz disse que ‘gerenciava’ as contas do gabinete de Flávio Bolsonaro no Rio, sem que ele soubesse (sic). Nesse ambiente, Sérgio Moro caiu do pedestal de superministro, desautorizado a nomear a mera suplente de um mero conselho”.

Desde a campanha das eleições que o presidente tem deixado ser levado pelas influencias dos seus três filhos políticos, que já derrubaram o ministro da Secretaria de Governo, nas suas decisões ou indecisões. Ele representa a esperança do País de voltar a crescer e deve governar mesmo, não deixando que os filhos nos. 1, 2 ou 3 mandem e desmandem em sua gestão.

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