02/03/2019 - AGENDA LIBERAL DE GUEDES




A agenda liberal de Paulo Guedes, Ministro da Economia, bate de frente com os incentivos fiscais e creditícios do governo central. São mais de R$370 bilhões, distribuídos através de isenções parciais ou totais de tributos, dos empréstimos e de compras de ações pelo BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia. Referidos incentivo são distribuídos principalmente para a agricultura e para a indústria. Historicamente, de 1500 a 1930, o setor primário recebeu isenções, anistias e crédito barato. Como a indústria estava proibida desde 1703, pelo Tratado de Methuen, ela era voto vencido na percebam de uma gama de subvenções. Porém, com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, a indústria passou a recebe polpudos benefícios, sendo os mais importantes pelo processo de substituição das importações. Ou seja, exportavam-se commodities e as divisas obtidas eram carreadas para a importação de insumos, máquinas e equipamentos. Inicialmente, a acumulação do capital cafeeiro proporcionou as condições do seu desenvolvimento na região Sudeste, onde até hoje é a parte industrial maior e mais forte.

O principal objetivo de Guedes é eliminar o déficit primário. Para tanto examinar cortar parte dos referidos subsídios. Aliado a esse corte, a reforma da Previdência é ainda mais importante, vez que consome cerca de 60% do orçamento anual. A proposta de emenda constitucional está no Congresso e pretende obter economias de R$1,1 trilhão em 12 anos. Os debates tem sido imensos e cortar gastos previdenciários se tornou a obsessão do atual governo.

Na cata de onde cortar, o mais novo estudo em a ver com a redução de 89% do abono salarial, pago anualmente. Ao rever as regras do citado abono, o governo já calculou em poupar mais de R$150 bilhões em dez anos.

Assim, a dois meses de gestão, a agenda liberal de Paulo Guedes está ainda em busca de redução de custos. Para tal, enfrenta grandes resistências. Portanto, faltam ainda 40 dias para o grande teste dos famosos 100 dias de governo, cujo capital político é conhecido no mundo como acreditar-se em que será um bom governo. Depois disso, as tensões se elevarão mais ainda.

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