25/01/2019 - ARRECADAÇÃO FEDERAL CRESCEU 4,74%
O governo federal arrecadou no
ano passado R$1,457 trilhão, em relação ao 2017. A alta foi de 4,74% no
período, acima da inflação. Foi o melhor desempenho desde 2014. A elevação foi
maior do que a registrada em 2017, quando a arrecadação federal cresceu apenas
0,59%. Nos três anos anteriores, o recolhimento de impostos havia caído na
comparação anual. Como se vê a correlação entre crescimento da arrecadação e
crescimento do PIB não guarda coerência, isto porque as despesas do governo
central tem crescido há décadas, em geral, a cada ano, mais do que a arrecadação. A elevação do
montante recolhido em 2018 foi puxada por tributos ligados à lucratividade das
empresas, principalmente pela da produção industrial. O Imposto de Renda da
Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido foram
disparadamente os maiores, subindo 12,4%. Referidos tributos são aqueles que
estão na mira do Ministro da Economia, Paulo Guedes, que declarou em Davos, na
Suíça, que poderia propor a redução dos impostos sobre o lucro empresarial de
34% para 15%. Ora, para reduzi-los o governo central terá de elevar outros
tipos de impostos. Ele até se referiu a elevação de imposto sobre dividendos e
sobre aplicações financeiras.
Em seguida também houve elevação
no ano passado da arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados de
8,7%. O PIS/PASEP se elevou de 6,78%, cobrado sobre a massa salarial. Outro
fator que teve repercussão foi a
arrecadação com royalties do petróleo, que cresceu 51,8%, por força da elevação
do preço do barril e à variação do dólar, somando R$58,2 bilhões.
Nada obstante, houve déficit primário
estimado, já que a despesas não foram ainda divulgadas no seu total, superior a
R$120 bilhões. Ora, o novo governo terá que atuar dos dois lados da equação
contábil, levando receitas e contraindo despesas.
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