09/01/2019 - MERCADO AUTOMOBILÍSTICO BEM ATIVO
As montadoras de automóveis no Brasil encerraram 2018,
crescendo 6,7%, em relação a 2017, mediante produção de 2,88 milhões de
veículos. Trata-se do segundo incremento anual seguido. No entanto, o volume
ficou menor do que inicialmente foi projetado pelas indústrias da espécie. O
objetivo não foi atingido porque se reduziram as compras da Argentina, em razão
do mau desempenho daquela economia, reduzindo importações brasileiras. Para
2019, as montadoras brasileiras projetam crescer 9%, produzindo 3,24 milhões de
automóveis, veículos comerciais leves e ônibus.
As vendas internas foram 2,59 milhões, correspondentes a 78%.
As vendas externas foram de R$629,2 mil, relativas a 22%. Destas, 70% foram
dirigidas à Argentina. Entretanto, devido principalmente à apontada crise
Argentina, a redução das exportações alcançou 17,9%, em relação ao ano anterior.
As exportações já foram um recorde de 766 mil, em 2018. A ANFAVEA prevê nova
baixa das exportações, em 2019, para aquele país, para 590 mil unidades.
O principal dado positivo adveio do crescimento do mercado
interno, crescendo 14,6%. A previsão da ANFAVEA para vender este ano no Brasil
é de 2,86 milhões. Informou aquele órgão que a sua projeção se deve às
expectativas de crescimento do PIB brasileiro entre 2,5% e 3,0%.
Longe está a produção industrial como um todo. A indústria
brasileira voltou a decepcionar em novembro. A ligeira alta de 0,1%, em relação
a outubro, sucedeu a quatro meses seguidos de perdas, período em que a produção
industrial encolheu 2,8%, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE. O
Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) alerta para o
risco de a indústria encerrar o quarto trimestre com resultado negativo e tenha
a trajetória de estagnação prolongada até o primeiro trimestre de 2019. No ano,
a indústria está crescendo 1,5%, até novembro. Parece que o seu crescimento
anual será bem próximo daquele do PIB. Entretanto a produção industrial cresceu
2,6%, em 2017. Quer dizer, quando se esperava que a indústria crescesse mais,
para recuperar parte de perdas da década, a indústria decepciona. Para o IEDI a
indústria está esperando as reformas do novo governo. Na verdade, embora haja
muitos segmentos dinâmicos, os segmentos com baixa, nenhuma ou negativa produtividade
puxa a economia para baixo. Visto isso, por exemplo, o Banco Mundial piorou o
cenário brasileiro para este ano, estimando que o País vá crescer 2,2%, quando
a sua expectativa anterior era de 2,5%.
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