03/01/2019 - LÍDER NA TRIBUTAÇÃO DE LUCROS DAS EMPRESAS
O Brasil ingressou em 2019 no topo da lista dos países com a
maior alíquota de impostos sobre o lucro das empresas em todo o mundo. A França
liderava até 2018. Porém, em 2019 o governo de Emmanuel Macron já anunciou que
começará a reduzir dos atuais 34,4% para 25%, até 2022. Já a alíquota global
que prevalece no Brasil é de 34%, assumindo o primeiro posto, já que na França
começou a cair, relativa à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido e ao
Imposto de Renda sobre a Pessoa Jurídica. O levantamento foi realizado pela
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidade que
reúne um conjunto de economias mais desenvolvidas do mundo e que possuem as
alíquotas mais elevadas do globo. O País não faz parte da OCDE, mas pleteia uma
vaga.
A onda de redução da carga tributária das empresas ganhou
velocidade com a gestão de Donald Trump, que a trouxe da carga próxima a 35%
para perto de 25%. Seguiram-lhe a Bélgica e a França. Historicamente, a
retração das alíquotas vem ocorrendo desde as décadas de 1970 e 1980, em razão
da competição dos países por investimentos internacionais. Além do mais, está
sendo uma forma de os países não deixarem as multinacionais irem cada vez mais
para paraísos fiscais.
Ao assumir ontem o Ministério da Economia, que anexou o
Ministério da Fazenda, o Ministério do Planejamento e o Ministério da Indústria
e do Comércio Exterior, Paulo Guedes, confirmou que irá propor a reforma
tributária e a esperança dele é que se traga a carga tributária sobre o lucro
das empresas para a casa de 20%. Sem dúvida, isso virá provavelmente com a
proposta de tributação de dividendos, ora isentos de imposto de renda.
O discurso do chefe da equipe econômica se referiu a que, ao
manter a lei do teto dos gastos, será preciso realizar os pilares, que são as
reformas. A primeira foi a reforma administrativa, realizada já no primeiro dia
do novo governo. A segunda é a reforma da Previdência Social. A terceira é a
reforma orçamentária. A quarta é a simplificação tributária, transformar grupos
de sete impostos em imposto único e reduzir o tempo de pagamento de tributos, ou
chamada simplesmente, de reforma tributária. No mais, serão encaminhadas outras
reformas.
O mercado reagiu muito bem. Por isso, a Bolsa de Valores de
São Paulo bateu todos os recordes, subindo cerca de 3,7% e atingiu mais de
91.000 pontos.
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