02/01/2019 - DESIGUALDADES DE RENDA E PREVIDÊNCIA




O Brasil se coloca entre os dez maiores países do mundo em termos de PIB, em nono lugar. Tem o quinto território do globo e a quinta população mundial. Mas, é campeão na desigualdade na distribuição de renda. O País é o nono mais desigual do mundo, conforme a ONG OXFAM BRASIL, sucursal da entidade internacional OXFAM, que analisa há décadas as reuniões do Fórum Econômico Mundial. Consoante o órgão 1% da população detém 25% da renda global. Os 5% mais ricos se apropriam do mesmo valor que os 95% dos brasileiros. Já 80% da população vivem com renda inferior a dois salários mínimos mensais. Os dados são colocados por Oded Grajew, presidente da Oxfam Brasil e do Instituto Ethos e idealizador do Fórum Social Mundial. Este último órgão é uma réplica ao Fórum Econômico Mundial. O Fórum Econômico Mundial é uma reunião anual dos ricos em Davos, na Suíça. O Fórum Social Mundial se propõe a discutir a pobreza no mundo. Um adendo aos dados de desigualdade considerável é no número de pobres de 55 milhões dos brasileiros, mais de 25% dos brasileiros. Dentre estes 15 milhões são considerados miseráveis. Ou seja, mais de 7% dos nacionais.

Considerando a desigualdade de riqueza, o citado presidente, afirma que 0,1% dos mais ricos concentram 48% da renda dos cidadãos. Os 10% mais ricos ficam com 74% da renda dos nacionais. Por seu turno, 50% da população ficam com 3% da riqueza brasileira. Para ele, não é por acaso que o Brasil é um dos mais violentos do mundo. Somam-se à grande pobreza, a situação do elevado desemprego. Por corolário, observa-se que os países onde é melhor a distribuição de renda, menor é a violência, conforme geralmente são referidos os países escandinavos.

Por fim, Oded Grajew coloca que possui dados expressivos de pesquisas de que os pobres morrem muito mais cedo do que os ricos, em média. Evidentemente, que isso varia de região para região, que são cinco. De Estado para Estado mais o Distrito Federal, que somam 27 unidades. De município para município, que são 5.570. O seu foco é de que a pretendida reforma da Previdência deveria ser diferenciada, para pobres e para ricos. Como fazer isso e aprovar no Congresso é o grande problema. Sem dúvida, nunca houve consenso, quando se ingressa na questão regional, haja vista que a última reforma tributária que houve foi a da Constituição de 1967. Todas as demais reformas da espécie propostas até então foram frustradas. Porém, nada impede que o novo presidente proponha e que o Congresso venha aprovar as citadas reformas.

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