14/01/2019 - SEGURANÇA E ECONOMIA




Pelo décimo terceiro dia consecutivo a violência no Ceará deixa o País perplexo. Já houve cerca de 205 ataques e incêndios, em uma escalada nunca vista. Por volta de 375 pessoas foram detidas. Mas, o problema está sem controle. O governo do Estado está decretando uma recompensa de R$1 mil a R$30 mil a quem evitar ou colaborar com a solução das maldades. Claro que isto afeta em muito a economia. Mostra que os investimentos não estão seguros.

A revolta os bandidos se deve ao endurecimento da gestão do novo secretário de Administração Penitenciária daquele Estado, quando da sua posse em 1º de janeiro. O policial civil Luis Mauro Albuquerque, como secretário fez duras críticas ao crime organizado no Estado. Disse que não reconheceria a atuação de facções criminosas e que acabaria com a separação desses grupos por presídios. No Ceará atuam pelo menos três facções: o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro; o Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo; os Guardiões do Estado (GDE), fundado em território cearense. Existe também presença da Família do Norte (FDN), oriunda do Amazonas. Para Albuquerque “Queremos mais rigor dentro das unidades prisionais, assegurando assistências às quais os presos têm direito”.

O que acontece no Ceará é o estopim do problema de segurança nacional. Os presídios estão cheios, superlotados, onde campeia a libertinagem. Os presos no Brasil, salvo em exceções, não trabalham. As penas são, muitas vezes, leves e existem reduções de penas. Há mais de 700 mil prisioneiros. A questão é explosiva. O novo Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, está trabalhando para fazer projetos de leis que minorem os problemas. Porém, em um país com quase 13 milhões de desempregados formais, com cada vez mais os trabalhadores se dirigindo à informalidade, com 55 milhões de pobres, com 15 milhões de pessoas em situação de miséria, a marginalidade social é caminho que se oferece a eles com frequência.

Sem dúvida a economia crescendo acima de 3% em muito contribuirá para reduzir o problema. Porém, não basta só progresso. Precisa-se de mais ordem. Afinal está escrito na bandeira nacional: ordem e progresso.


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