04/01/2019 - PLANO B DE GUEDES




Na posse do Ministro da Economia, Paulo Guedes, ele discursou por cerca de 50 minutos. Um discurso longo, bem recebido pelo mercado, quando se referiu em alterar a política econômica de aproximadamente os últimos 40 anos. Entende-se que ele deverá encaminhar ao presidente da República, que não foi a sua posse, mas ao Ministro da Defesa, onde fez também discurso. Paulo Guedes é correligionário de Jair Bolsonaro há pouco tempo, anunciado como ministro, quando o presidente começou a sua campanha, ao tempo em que o mito disse que “não entendia nada de economia”. Guedes é doutor em economia pela Universidade de Chicago, centro de ortodoxia econômica, que defende a presença do Estado na regulamentação, mas não na produção do sistema econômico. Em seu discurso de ministro ele revelou que a implementação de um programa começará com a reestruturação ou reforma do Estado, para ser o Estado Mínimo. Daí proporá vender um sem número de estatais, estimando arrecadar cerca de R$800 bilhões, que poderiam ir para reduzir parte da dívida pública, muito inflada, desde 2014, por déficits primários e que eles acabariam em um ano. Na reforma do Estado iria obedecer a lei do teto dos gastos e que seus alicerceres seriam as reformas estruturais.

Em seguida, conduzirá uma Proposta de Emenda Constitucional para a reforma da Previdência Social. Talvez, usando um misto da proposta por idade, já pronta para votação no Congresso, além de uma proposta de mudança do sistema atual de contribuição para o de capitalização individual. Na esteira de reformas, proporá também ao Congresso a reforma tributária e outras que se insurgirem.

Em suas ilações, deixou claro que o Plano A é o acima traçado. Porém, se o Congresso não aprovar, irá propor o Plano B, qual seja o de desvincular, desobrigar, desindexar o orçamento da União, que seria realizado anualmente pelos políticos. Isto também seria feito por Proposta de Emenda Constitucional. Plano B é um blefe. O que ele quer mesmo é o Plano A. O Plano B contemplaria desvincular 92% do orçamento, o que não teria viabilidade de aprovação congressual.

Acima se tem um plano de idéias, que, certamente irão ao Congresso, cujas reuniões começarão em fevereiro, quando serão aprovadas as principais linhas do próximo programa econômico, após grandes discussões.

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