30/04/2018 - OCIOSIDADE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR PARTICULAR




O Ministério da Educação realiza anualmente o Censo da Educação Superior. Em 2006 existiam 3.467.342 estudantes nas faculdades particulares, cerca de 74% do total, enquanto nas faculdades públicas eram 1.209.304 alunos, por volta de 26% do conjunto. Em 2016 existiam 6.058.623 alunos nas faculdades particulares, em torno de 75% do total, enquanto nas faculdades públicas eram 1.990.078 estudantes, por volta de 25% do conjunto deles. O crescimento dos alunos nas faculdades particulares subiu nos 11 anos em referência 74%, enquanto nas faculdades públicas alcançou 64%. Sem dúvida, quando o País cresceu 4% em média anual na década passada, as faculdades, no geral, preenchiam praticamente suas vagas. As faculdades públicas continuaram assim. Porém, as particulares não, visto porque o empobrecimento dos brasileiros, que sem condições de pagar as mensalidades, na medida em que o crédito educativo (PROUNI e FIES) ficou mais restrito, depois da recessão de 2014-2016, por volta de 10% da renda per capita, elas ficaram com uma ociosidade maior do que 50% da capacidade instalada. Um desperdício enorme, em país que tanto necessita de mão de obra qualificada.

A média da ociosidade das faculdades particulares brasileiras foi em 2016 de 53%. Em primeiro lugar se encontrava o Rio de Janeiro, Estado que vem tendo PIB negativo de 2014 a 2017, com ociosidade de faculdades particulares de 58%. Em segundo lugar, o Estado de São Paulo com 57,3%. Em terceiro lugar, o Estado da Bahia com 56,8%.

Além do número de ociosidade nas vagas, em dez capitais brasileiras, o MEC se deu conta de que os cursos mais requeridos eram: Direito, Administração, Pedagogia, Engenharia Civil e Ciências Contábeis. Juntos eles somavam 2,95 milhões de estudantes em instituições públicas e privadas. Ou seja, 37% dos estudantes universitários do País.

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