06/04/2018 - BRASIL TENDE A GANHAR COM GUERRA COMERCIAL




Há duas semanas que o presidente dos Estados Unidos revelou que a sua verdadeira retaliação comercial é com a China. Taxar o aço e o alumínio foi só o começo, de vários países exportadores (inclusive o Brasil), quando colocou o mundo em alerta do que é o verdadeiro imperialismo, em tempos de paz. É o imperialismo comercial, dos serviços e dos capitais, refletido no balanço de pagamentos dos países. Na balança comercial elevou a tributação das importações. Virando-se para China, sobretaxou cerca de 1.000 produtos importados. A alegativa dele é de que no ano passado houve um déficit da balança comercial de U$500 bilhões, sendo que destes, cerca de US$300 bilhões se referem ao roubo de tecnologias de empresas dos EUA, mediante a compra delas por capitais chineses e a transferência tecnológica para a Ásia. Os EUA exportam para a China principalmente aviões gigantes (Boeings), veículos novos e usados, soja e outros alimentos. A China exporta principalmente para os EUA telefones celulares, jogos, brinquedos e roupas.

A China respondeu logo aos projetos do presidente Trump, ao adotar também tarifas sobre US$50 bilhões em importações de chineses, retaliando com tarifas de 25% sobre importações dos EUA, tais como soja, aviões, carros, carne, uísque e produto químicos. Para o etanol importado elevou a alíquota de 30% para 45%. No particular, um terço da exportação de soja americana é vendido para a China.

O Brasil tende a ganhar com taxações da China sobre produtos oriundos dos EUA. Inclui-se aí soja, carnes, milho, suco de laranja, algodão, tabaco, dentre outros.

Declarou Trump que “Não estamos em guerra comercial com a China, essa guerra foi perdida há muitos anos pelas pessoas tolas, ou incompetentes, que representavam os EUA”, referindo-se aos presidentes do partido democrata que lhes antecederam.

No frigir dos ovos, perde toda a economia mundial com elevação de tributos, travando o comércio internacional.

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